sexta-feira, 13 de março de 2009

O problema das claques e dos ultras do Atlético

Muito se discute sobre o verdadeiro valor das claques dos clubes de futebol. Há quem as considere fundamentais nas vitórias das equipas através do apoio que é dado mas, por outro lado, também há quem as considere bem dispensáveis. Eu confesso que me enquadro com as duas opiniões. Concordo quando se diz que são um factor extra de motivação e de força quanto mais não seja a puxar por aqueles adeptos mais calmos e que não entram em grande gritarias. Contudo, existe um lado violento nas claques. Em todas elas.

O exemplo mais recente disso mesmo aconteceu no jogo da passada quarta-feira, FC Porto-Atlético de Madrid. A cerca de hora e meia do início da partida, os ultras do Atlético começaram a descer a Alameda sozinhos, sem escolta policial. É inacreditável mas é verdade, ainda para mais num jogo como este, de alto risco. A claque do Atlético chegou ao Dragão sozinha nem com um único polícia que seja pelo meio. À medida que se aproximavam do estádio, foram lançando pedras, garrafas e até very-lights chegando a partir duas janelas de um autocarro que transportava adeptos do FC Porto. Até os próprios adeptos colchoneros que ali se encontravam, sem terem nada a ver com aquilo, ficaram surpreendidos e apreensivos. Depois, claro, seguiu-se a reacção dos portistas que levou a uma autêntica batalha campal, com a polícia a distribuir pancada a torto e a direito. Foram quinze minutos de cortar à faca, quinze minutos de plena violência. Houve detenções, houve feridos. Tudo ali em frente à polícia e aos seguranças.

Por isso, se diz que as claques estragam o futebol pois preferem climas violentos e hostis a climas de festa e rivalidade sã. É um mal geral. Porém, pior mesmo é ver as atitudes da polícia que falhou, claramente, e reagiu tarde de mais, não usando os melhores métodos. Infelizmente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Até parecia a batalha de Aljubarrota........