terça-feira, 10 de março de 2009

Bayern Munique-Sporting, 7-1: Não havia necessidade!


Chamem-lhe pesadelo, chamem-lhe desastre, chamem-lhe vergonha. Porque todos esses adjectivos se aplicam na perfeição àquilo que aconteceu no Allianz Arena. O Bayern de Munique deu um autêntico amasso ao Sporting. O jogo acabou com 7-1 no resultado, sem espinhas. Uma das maiores goleadas de sempre sofridas por equipas portuguesas nas competições europeias. Sete a um, enquanto que o conjunto dos dois jogos ficou em 12-1.

O Sporting partiu para Munique com a vontade de tentar limpar a desastrosa imagem deixada no jogo da primeira mão, em Alvalade, acabado com um 5-0 para o Bayern. O objectivo era exactamente esse, era honrar a camisola e o clube, tal como Paulo Bento referiu. Porque quanto à eliminatória estava arrumada e nem o mais fanático adepto acreditaria numa reviravolta. Por isso mesmo, também Jürgen Klinsmann poupou alguns jogadores como Ribéry e Luca Toni, dando oportunidade a outros menos utilizados. Do lado do Sporting, jogaram Tonel e Miguel Veloso na linha defensiva. Surpreendeu, sobretudo, a titularidade de Veloso depois das suas declarações polémicas à partida para a Alemanha. O que é certo é que foi ele a ocupar a lateral esquerda.

O festival de golos do Bayern começou aos sete minutos. Num lance que não parecia trazer grande perigo, Miguel Veloso atrasou a bola para Polga; o brasileiro entregou a bola a Podolski que, de fora da área, rematou para dentro da baliza de Rui Patrício - ficou a olhar para o boneco!. Era um prenúncio do que se seguiria e vieram à memória as facilidades que o Bayern havia tido em Alvalade. Percebeu-se que, desta vez, não seria diferente. A equipa de Klinsmann mesmo em poupanças apresentou um ritmo forte e o Sporting estava completamente à deriva, entregue à sorte. Veio o segundo golo, aos 33 minutos; cinco minutos depois, o terceiro. Ora aqui importa referir Anderson Polga, porque esteve num daqueles dias em que é preferível não sair de casa: deu uma autêntica barracada, a meias com Rui Patrício, no segundo golo; marcou o terceiro, na própria baliza, ao tentar um alívio para fora. A isso junte-se o mau passe no golaço de Podolski, o primeiro. Mau de mais!

BARRACADAS A MAIS

A noite era já de pesadelo. Porém, no meio de tanto desastre, surgiu o melhor momento da noite. Um golão de João Moutinho com a bola a entrar no ângulo da baliza de Butt, na gaveta. Porém, serviu apenas para reduzir a desvantagem. Mas por pouco tempo, porque os jogadores do Bayern de Munique não gostaram da brincadeira e na jogada seguinte voltaram a marcar. Tudo tão, tão fácil. Chegou o intervalo com 4-1. No reatamento, os bávaros retiraram o pé do acelerador permitindo que o Sporting conseguisse chegar mais perto da baliza de Hans-Jorg Butt e tentasse chegar ao golo. Também as entradas de Abel e, principalmente, de Izmailov contribuiram para isso. Vukcevic - sempre o mais inconformado - esteve perto de marcar mas perdeu-se em fintas e não teve discernimento para bater o guarda-redes alemão. Nada havia a fazer.

Foi, então, com naturalidade que o Bayern chegou ao quinto golo. O jovem Muller, recém-entrado, arrancou de forma sensacional pela direita permitindo a Van Bommel marcar. Vieram ainda mais dois tentos para arrumar as contas. Primeiro, Pedro Silva cometeu um penalty que Klose aproveitou para picar o ponto; depois, na sequência de um canto, ficou toda a equipa a ver navios enquanto Muller empurrava a bola para dentro da baliza. Acabou, enfim. Sete a um!

1 comentário:

Anónimo disse...

Sporting, qual Sporting???? Não os vi em campo.........