sexta-feira, 20 de junho de 2008

Ricardo: será o fim?

Não gosto de Ricardo. Nunca gostei! Mesmo assim, nas épocas douradas do Boavista (não tem nada que ver com o "Apito"), cheguei mesmo a considerá-lo o melhor guarda-redes português. Foi um dos principais obreiros deste título. Mas nos anos seguintes, e desde que esteve no Sporting, nunca mais se encontrou. Foi sempre um guarda-redes inseguro, errante e acima de tudo, um autêntico desastre nos cruzamentos.
Mesmo com tudo isto, Scolari nunca prescindiu dele, até quando José Peseiro o colocou no banco do Sporting. Ricardo tornou-se assim um indiscutível na Selecção. Sem nunca ter sido um grande gurda-redes. Que só Scolari nunca quis ver... É certo que teve muito mérito em 2004 e 2006, graças aos penaltis - onde é especialista - mas uma mão não lava a outra.
Falhou sempre nos momentos decisivos. Falhou na final do Euro'04, no golo de Charisteas; falhou na final da Taça UEFA em 2005, onde o Sporting perdeu, em Alvalade, com o CSKA de Moscovo por 3-1; falhou na Luz, no jogo que (praticamente) decidiu o título de 2005; voltou a falhar na Suiça, no jogo com a Alemanha. Não que a culpa tenha sido exclusiva dele, mas um guarda-redes de topo não pode errar assim. E Quim há muito que desespera por uma oportunidade.
Agora, com a saída de Scolari para o Chelsea, Ricardo tem - pela primeira vez em cinco anos e meio - o lugar na baliza ameaçado. Uma ameaça que Vítor Baía, melhor guarda-redes da Europa em 2004, não conseguiu ser! Mas isso também já é outra conversa.

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