sábado, 6 de novembro de 2010

Made in England: Chelsea no topo com um City em queda

Em Old Trafford disputou-se o jogo grande da jornada. O Tottenham, que começou a época de uma forma mais lenta, começa agora a mostrar porque terminou em quarto na temporada passada. Os red devils dominaram, como lhes competia, entraram fortes e determinados a resolver cedo. Sir Alex Ferguson quer deixar a crise para trás e parece estar, finalmente, a obter resultados. Nani - em excelente forma! - foi a figura do jogo, muito produtivo e esteve presente no primeiro golo e marcou o polémico segundo. O domínio do Manchester United não atemorizou os spurs e estes espreitaram sempre o golo. Se o tento inicial de Vidic, à meia-hora, estimulou os visitantes, o golpe final de Nani, a seis dos noventa, matou o jogo. Não só porque já não havia muito tempo para jogar, mas, mais, porque os homens de Redknapp se sentiram profundamente injustiçados e perderam toda a concentração. Uma excelente partida de futebol a confirmar as previsões.

O Cheseal, campeão em título, deslocou-se a Blackburn e foi invulgarmente dominado. Os rovers assumiram as despesas do jogo e lutaram para a conquista dos três pontos - materializaram esse mesmo domínio com um golo aos vinte e um minutos. Mas as grandes equipas mostram-se nestes momentos e, mesmo sem jogar bem, o Chelsea acabou por dar a volta ao resultado. Segue isolado em primeiro lugar e é o favorito para a conquista do campeonato. O Arsenal, que segue na perseguição ao primeiro lugar, a jogar em casa sentiu muitas dificuldades em vencer o lanterna vermelha West Ham. Apesar do domínio natural dos gunners, os golos não surgiam e os hammers, a espaços, também tentavam a sua sorte. Robert Green, guarda-redes visitante, foi quase intrasponivel e foram precisos oitenta e oito minutos para que sofresse o único golo da partida. No final, dever cumprido, embora de forma sofrida, pelo Arsenal.

Outro jogo entre equipas em lugares opostos na tabela trouxe a surpresa da jornada. Em casa do Wolverhamptom Wanderes, o Manchester City entrou a confirmar o que se esperava - uma vitória fácil. Todas a jogadas de ataque da equipa de Mancini levavam muito perigo e parecia estar a adivinhar-se um triunfo. O golo de Adebayor, de grande penalidade, era o materializar do que que parecia inevitável. Contudo, após a vantagem inicial, o City pareceu descontrair, talvez porque o adversário ocupava um dos últimos lugares na tabela, talvez porque o seu domínio era de tal forma evidente que a vitória seria certa. Puro engano. O Wolves equilibrou, empatou e, na segunda parte, por intermédio de Edwards - que já nao marcava há catorze meses! -, chegou à vitória. Intermitente e irregular, Roberto Mancini tem o lugar em risco.

O Liverpool voltou a ganhar. No Reebok Stadium, frente ao Bolton, a equipa de Raúl Meireles conquistou mais uma vitória e já se encontra mais confortável no meio da tabela. A partida pautou-se pelo equilíbrio, sorrindo já na recta final aos reds. O Bolton, que tem este ano o seu melhor arranque dos últimos cinco, causou muitos problemas. Com oportunidades de parte a parte o jogo foi emotivo e bem disputado. Último destaque para a vitória, com goleada, do Newcastle, em casa, frente ao Sunderland. Outrora um dos poderosos clubes de Inglaterra, os geordies querem voltar a ser um dos grandes. Recém-promovidos após uma época no escalão inferior têm alternado na qualidade das suas exibições. No entanto, no passado fim-de-semana, com um expressivo 5-1, reviveram a glória de outros tempos e já se encontram confortavelmente em sétimo.

NOTA: Este texto de Armando Vieira, sobre a Premier League, foi escrito antes do arranque da nova jornada.

2 comentários:

Miguel Angelo disse...

Não te esqueças da crónica dia 18.

Já está a decorrer nova votação no blog!Desta vez, questionamos os leitores acerca do jogador que tenha condições para integrar o plantel dos denominados três grandes?

Pedimos a sua colaboração através de um voto.

http://imperiofutebolistico.blogspot.com

cumprimentos

JornalSóDesporto disse...

Artigo bom.