terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sp.Braga-Partizan (2-0): Uma vitória para acreditar

COMENTÁRIO

Existe uma teoria que defende que, quando uma equipa necessita de pontos como de ar para respirar, interessa o resultado e tudo o resto é relativo. Ninguém gosta de jogar mal e ninguém gosta de ver o jogo caminhar, lento e pesadão, cumprindo todos os minutos com dificuldade. Mas se conseguir vencer, valeu a pena. Foi mau, foi aborrecido e não teve motivos que prendessem o adepto. Só que foi ganho. A vitória do Sp.Braga sobre o Partizan é, por isso, o mais importante: cumpriu-se o objectivo, a equipa sobrevive, mantém esperanças num primeiro objectivo muito delicado e olha com maior confiança para um segundo, no prosseguimento na Europa, e teve sucesso. À terceira, depois de dois desaires pesados, a equipa minhota conseguiu vencer na fase de grupos da Liga dos Campeões. Tem três pontos, encurtou a distância para o Shakthar Donetsk no segundo lugar e deixou o Partizan para trás.

A inspiração individual é, sempre que as coisas não correm bem à equipa, meio caminho andado para desatar o nó e desfazer a encruzilhada. Há quem pareça estar predestinado a resolver em momentos cruciais. Quando é preciso um golo, um abanão no mínimo, surge, está lá, deixa a sua marca e coloca a equipa numa posição favorável. Lima é assim. O brasileiro deu nas vistas no Belenenses, o Sp.Braga gostou e contratou-o. Neste início de temporada, o avançado tem sido goleador, importante e decisivo. Em Sevilha, talvez no jogo mais marcante da história do clube bracarense, marcou três golos, arruinou as esperanças dos andaluzes, fez cair um clube incomparavelmente superior e lançou os Guerreiros para a fase de grupos da Liga dos Campeões. A vitória sobre o Partizan, a primeira, tem também o seu dedo. Juntou confiança, potência, colocação e vontade de desfazer a monotonia. Deu golo num pontapé sublime.

O Sp.Braga é, por natureza, uma equipa aguerrida, batalhadora e que se esforça por fazer sempre melhor. Tudo isso se mantém da época passada. Só que agora falta aquela dinâmica, aquela surpresa, aquele rasgo. Há uma equipa mais triste, mais carrancuda e mais carente de um toque de génio. Ante o Partizan, mesmo tendo demonstrado superioridade desde o início, passou trinta e cinco minutos assim. Lima resolveu no primeiro remate à baliza de Stoijkovic. Foi esse o clique. A equipa minhota tranquilizou-se. O jogo, contudo, arrastou-se. Lento, pesado e pobre. Nem pareceu, em momentos, Liga dos Campeões. A segunda parte trouxe melhorias, sim, maior alegria, mas o Sp.Braga passou, depois de ter desperdiçado o segundo golo, por maus momentos e viu Felipe emergir. Conseguiu, depois disso, chegar a um golo fácil, por Matheus, em cima do final. Fez dois golos e somou três pontos. Isso é o mais importante.

2 comentários:

Miguel Angelo disse...

Olá.

Sou leitor assíduo do seu blog e admiro bastante a sua escrita e as suas crónicas.

Queria saber se é do seu interesse colaborar com o meu blog(http://imperiofutebolistico.blogspot.com/), escrevendo uma espécie de crónica(semanal ou como lhe de-se mais jeito) para o Império Futebolístico.

Agradecia que pondera-se o meu convite.

cumprimentos

http://imperiofutebolistico.blogspot.com/

P.S - Responda no meu blog SFF

JornalSóDesporto disse...

Força Braga.