quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Made in England: Chelsea destroçante a caminho do bi?

Sir Alex Ferguson decidiu deixar Wayne Rooney de fora como forma de protecção ao jogador - lembre-se que Rooney teve uma semana atribulada por razões de ordem pessoal. Ora, os red devils parecem ter acusado a ausência do avançado e entraram um pouco desorientados, acabando mesmo por sofrer o primeiro golo - marcado por Pienaar. O golo parece ter despertado os homens de vermelho e, ainda antes do intervalo, igualaram o marcador com um tento de Fletcher, a corresponder da melhor maneira a um cruzamento de Nani. Após o descanso, novamente o português a centrar e desta feita Vidic a finalizar (que ajuda daria Nani no clássico lisboeta do próximo fim-de-semana). Aos sessenta e seis minutos, Berbatov marca o terceiro e o que parecia ser também o golo da tranquilidade. Mas contra todas as expectativas, já em periodo de descontos, o Everton marca dois golos e fixa o resultado final num empate a três

Em Birmingham, o Liverpool, ainda sem Raúl Meireles, apareceu muito fraquinho. As boas indicações que tinha dado no jogo contra o Arsenal parecem agora promessa vãs. Mais ainda: não fora a grande exibição de Pepe Reina e nem o empate teriam conquistado. A próxima deslocação será a Old Trafford e ou muito muda ou este Liverpool vai afundar-se ainda mais na tabela. Quatro jogos e cinco pontos é muito pouco para as aspirações dos homens da cidade dos Beatles. Com a mesma pontuação encontra-se o super-reforçado Manchester City. A pressão sobre a equipa millionária de Roberto Mancini é enorme e com a falta de resultados, após tão grande investimento, o italiano começa a ver o seu futuro um tanto incerto. Verdade que dominaram, verdade que Paul Robinson fez uma exibição fabulosa, mas com tantas soluções e estrelas, empatar a um golo em casa com o Blackburn é um mau resultado.

Em alta estão o Chelsea e o Arsenal. Os campeões continuam sem perder pontos e, apesar de terem sofrido o primeiro golo da época, venceram facilmente o último classificado, West Ham, que ainda não tem qualquer ponto. A vitória da equipa de Carlo Ancelotti começou a desenhar-se muito cedo, aos dois minutos, com um golo de Essien após um canto conquistado por Ramires. Kalou aos dezassete e, novamente, Essien aos oitenta e três marcaram pelos blues, enquanto Parker, a seis dos noventa, reduziu para os hammers. Quatro jogos, doze pontos, dezassete golos marcados e apenas um sofrido: Chelsea em grande no arranque da temporada.

No Emirates Stadium, o Arsenal passeou a sua classe e derrotou o Bolton por 4-1. A equipa visitante, que tem estado a um nível superior esta época, ainda equilibrou a partida terminando a primeira parte empatado a um. No entanto, após sofrer o segundo golo e, sobretudo, após ter visto Tim Cahill ser expulso, a equipa do Bolton não mais foi capaz de travar os homens de Arsène Wenger acabando derrotados por números expressivos.

O Tottenham que se estreia este ano na Liga dos Campeões, após uma brilhante época transacta, está uns furos abaixo no presente. O West Brom nas estatísticas para o jogo era claramente inferior e durante a primeira parte parecia que os spurs teriam argumentos para vencer, mas um ataque muito perdulário permitiu apenas que o fizessem por uma vez. Ainda no primeiro tempo, quatro minutos antes do intervalo, os da casa empataram e depois do descanso inverteram os papéis. No final, o Tottenham parece ter tido sorte ao conseguir levar um ponto para Londres. No embate entre recém-promovidos, o pequenino Blackpool foi a casa do Newcastle ganhar por 2-0. Com sete pontos em doze possíveis, a equipa do noroeste de Inglaterra está, para já, a causar sensação. Provavelmente será sol de pouca dura mas estes preciosos pontos poderão fazer toda a diferença quando chegados ao final da época.

Nos restantes jogos, duas vitórias caseiras do Stoke City e Fulham frente ao Aston Villa e Wolverampton, respectivamente - esperava-se mais do Aston Villa que parece ter perdido o fulgor da época passada. Por último o empate do Wigan frente ao Sunderland, num jogo morno de equipas de meio da tabela.

MADE IN ENGLAND é um espaço quinzenal, assinado por Armando Vieira, que incide sobre o mais apaixonante campeonato do planeta