terça-feira, 17 de agosto de 2010

O olhar do dragão à nova época: Mudança e optimismo

Acostumado a vencer, conseguindo a hegemonia do futebol português na última vintena e meia de anos, somando títulos de campeão nacional e alcançando outros troféus de relevo, nacionais e internacionais, o FC Porto terminou a temporada passada com o seu objectivo falhado: não conquistou o segundo pentacampeonato do seu historial. Mesmo tendo vencido na abertura e no fecho da temporada, arrecadando a Supertaça Cândido de Oliveira e a Taça de Portugal, os dragões falharam e o ciclo de Jesualdo Ferreira fechou-se. Agora, com André Villas Boas no comando, um treinador em tudo diferente de Jesualdo, a meta do FC Porto é atacar os desafios de sempre com uma nova identida. Para perceber o estado de espírito no reino do dragão, o FUTEBOLÊS colocou cinco questões a José Carvalho, portista de gema, adepto apaixonado e administrador do Portal dos Dragões.

FUTEBOLÊS: O FC Porto pretende virar a página? Terá sido a Supertaça, conquistada frente ao Benfica, um bom aperitivo?
JOSÉ CARVALHO: Não se trata de virar a página. Afinal de contas, o FC Porto venceu quatro dos últimos cinco campeonatos. Além do mais, não vi nada na temporada passada que me faça pensar que o FC Porto não continuará a ganhar. A Supertaça é apenas o primeiro jogo oficial da temporada. Sabe sempre bem vencer uma prova que ilustra bem o que têm sido as últimas décadas no futebol Português.

Justifica-se o risco corrido na contratação de André Villas Boas?
Há riscos envolvidos em todas as contratações de funcionários, jogadores e treinadores. As sucessivas e insistentes tentativas de certos media em denegrirem a imagem de Villas Boas, ainda antes mesmo de começar a pré-época, fazem-nos pensar que a aposta estará a assustar algumas pessoas. Apenas espero que Villas Boas fique por muitos e bons anos e que ganhe muitos títulos. Para já, pode dizer-se que começou bem...

Que análise faz do plantel?
Ainda é cedo para falar nisso, mas parece-me que as contratações foram bem feitas e que existem no plantel mais alternativas realmente válidas para várias posições. Esperemos que a questão do avançado seja resolvida com competência.

A saída de Bruno Alves, o capitão, poderá fazer mossa?
Provavelmente não mais do que a saída do Moutinho do Sporting, só para dar um exemplo. E também há quem esteja a lidar mal com a saída de jogadores importantes, talvez por falta de traquejo. Se a saída de Lucho Gonzalez teve consequências importantes, uma vez que é sempre difícil de substituir um dos melhores médios do mundo, geralmente o FC Porto tem sabido gerir bem essas situações.

Quais são as principais virtudes deste novo dragão? E defeitos?
Algumas virtudes já vieram ao de cima: atitude e união da equipa. Isso é fundamental. Também parece que a equipa consegue interpretar bem as alterações tácticas introduzidas pelo treinador. Isso foi visível na Figueira da Foz. Para já, um dos defeitos tem a ver com a dificuldade em concretizar em golos as oportunidades criadas.

NOTA: Contrariamente ao que aconteceu com as opiniões de Nuno Mourão (Sporting) e José Marinho (Benfica), este questionário foi realizado já depois do início do campeonato português.

1 comentário:

JornalSóDesporto disse...

O treinador do Porto também quando começar a perder já não serve enquanto ganahr é o maior veremos é se nos grandes momentos não fraqueja.