domingo, 25 de julho de 2010

Arjen Robben e Andrés Iniesta: Aproveitar para ganhar

A Holanda deu o pontapé inicial. A bola, pouco depois, foi parar aos pés dos espanhóis. E o carrossel começou a funcionar: tiki-taka, passa, vem buscar, alarga a trajectória e prepara, de novo, para receber. A selecção espanhola, sempre com bola no pé, não atingiu a percentagem de posse de outros jogos, não fez a mesma circulação porque a Laranja se fechou bem, mas teve ascendente. Entrou com força e, aos poucos, foi baixando o ritmo. O jogo ganhou equilíbrio, oportunidades também para os holandeses, perigo em ambas as balizas. Não foi um jogo de primeira, nada disso, mas foi emotivo. Arjen Robben, a par de Sneijder, a maior estrela holandesa, esteve perto de marcar. Por duas vezes perdeu frente a Iker Casillas. A segunda delas, já em cima do final, poderia ter sentenciado a final. Perdeu-se. Ele e a oportunidade.

A Espanha teve a bola, montou o ataque, criou muita pressão e rondou o golo. A fúria instalou-se. Marcando no começo, La Roja teria maior tranquilidade, obrigaria a Holanda a abrir o seu jogo e, com todos os seus dotes de posse e circulação de bola, poderia jogar como gosta. Mas o golo não surgiu. Nem no começo nem no final. Nos noventa minutos houve oportunidades, poucas, mas repartidas: a Espanha teve ascendente, a Holanda jogou durinho, tentou ser veloz e assutou. As grandes penalidades surgiram quase como uma inevitabilidade. Até que se abriu uma chance para os espanhóis. Em contra-ataque, com os holandeses a protestar com Howard Webb, Fàbregas deu para Andrés Iniesta. Solto na área, em posição privilegiada, o médio do Barça encarou com Stekelenburg e rematou com força. E confiança. A bola só parou no fundo da baliza. No aproveitar está o ganho.

2 comentários:

Tiago Nogueira disse...

http://footinmyheart.blogspot.com/

novo artigo, espero que gostem ;)

JornalSóDesporto disse...

Crónica excelente.