A Festa do Futebol vai começar hoje no continente africano. A FIFA resolveu dar a benesse à África para organizar pela primeira vez o mais importante certame do futebol mundial. Razões de ordem política, económica e outros interesses de variadas ordens, levaram o senhor Blatter a querer "brincar com o fogo", brindando um país que tem o maior índice de violações do Mundo e é um dos maiores no ranking da violência, com a fase final do Mundial. Nos últimos dois dias foram assaltados três jornalistas e três jogadores da selecção grega. Só o António Simões sentiu na pele a incerteza de saber o que se passaria no minuto seguinte. A FIFA chamou-lhe "provável assalto", estou com alguma curiosidade em saber que explicações vão dar para o roubo de ontem no quartel-general da Grécia.
Sem querer ser pessimista, digo apenas que os verdadeiros ainda não chegaram, devendo acontecer com a chegada da imensa legião de adeptos do futebol que a partir de hoje vão migrar até ao país de Mandela. Mas vai começar também o futebol, sendo esse o tema que aqui nos vai trazer dia-a-dia, analisando este Mundial 2010. Muito se fala em favoritos e a bolsa de apostas aponta os habituais "suspeitos" para "levantarem o caneco": Brasil, Argentina, Espanha e Inglaterra (os principais) para além das habituais equipas "de gelo", Itália e Alemanha. Atrevo-me a acrescentar a este lote a Holanda, com um meio-campo e ataque fortíssimos, mas com defesas "duros de rins" que podem ser o seu calcanhar de Aquiles.
A competição começa hoje com o jogo inaugural, entre a África do Sul e o México, guardando alguma curiosidade para saber o que vale a equipa anfitriã, mas sobretudo a equipa mexicana, recheada de jovens talentos, boa capacidade técnica e com um avançado de trinta e sete anos (Blanco), que no último jogo de preparação ganhou à campeã em título (Itália) - por duas bolas a uma. O dia encerra com o Uruguai-França, que pode dar uma vitória a Fucile, Maxi Pereira e companhia, perante uma França decepcionante, que conseguiu o apuramento com a mão de Henry e que, sob o domínio técnico de Raymond Domenech, tem sido uma desilusão.
Agora vamos sentar e durante trinta dias apreciar o Mundial. A bola vai começar a rolar.
MINHA ÁFRICA é um espaço de Bernardino Barros sobre o Mundial 2010
NOTA: A imagem de fundo que antecede o texto tem créditos do jornal O Jogo.
1 comentário:
Grande Análise.
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