segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Vitória escondeu a estrelinha à águia

O Benfica deixou dois pontos em Setúbal. O FC Porto aproximou-se, ontem, mas, dependendo do jogo do Sp.Braga, hoje à noite, poderá ser até um ponto ganho. Contudo, um grande empatar na casa de uma equipa que luta para não descer e se mantém no fundo da tabela, independentemente do resto, deixa sempre um sabor a derrota. As próprias circunstâncias do empate acentuam essa ideia: Cardozo, aos noventa minutos, dispôs de uma grande penalidade, a glória no final, uma inglória severa para os sadinos que há muito haviam chegado ao limiar das suas capacidades. O paraguaio acertou estrondosamente na trave. A estrelinha que protege os campeões escondeu-se do Benfica no Bonfim. Foi castigador para os encarnados, motivador para os sadinos. Sim, este Vitória é bem diferente daquele que foi cilindrado na Luz.

Os sadinos continuam a mostrar várias deficiências técnicas, é bem verdade, mas são abnegados e têm garra. A equipa é uma imagem perfeita de Manuel Fernandes, um treinador adepto da máxima do antes quebrar que torcer, que montou uma estratégia que limitou a acção do Benfica. Jogou à defesa? Sim, é claro que jogou. Esperavam outra coisa? Sejamos justos: pode não ser satisfatório ver um jogo de sentido único, uma equipa que ataca e outra que defende, como referiu Jorge Jesus no final, mas seria um verdadeiro hara-kiri jogar de igual para igual com os encarnados. A qualidade individual do Benfica acabaria por se evidenciar. Assim, com rédea curta, aperto das marcações e diminuição dos espaços, nem Aimar nem Carlos Martins conseguiram assumir o controlo do futebol benfiquista.

O jogo do Benfica em Setúbal, pelo futebol produzido, pode ser comparado ao de Olhão. Frente ao Olhanense, os encarnados fizeram aquele que terá sido o seu pior jogo do campeonato até ao momento. A equipa ficou cedo em desvantagem, empatou, voltou a atrasar-se. Quando a derrota parecia uma certeza, já no tempo de descontos, Nuno Gomes, saído do banco há instantes, deu um ponto ao Benfica. Surgiu a estrelinha, aquela pontinha de felicidade que qualquer equipa necessita para alcançar sucesso. Desta feita, os encarnados marcaram primeiro, poderiam ter partido para uma exibição tranquila, mas, num lance verdadeiramente incrível de David Luiz, permitiram o empate ao Vitória. No final, tal como em Olhão, poderiam ter sorrido. Desta feita, o brilho da estrela foi tapado e as pretensões encarnadas bateram na trave.

2 comentários:

ZD disse...

boas cronicas rapaz.

visitem tb http://www.zonadesportiva.blogspot.com/

Jornal Só Desporto disse...

Boa Crónica.