domingo, 28 de fevereiro de 2010

A mostra dos candidatos

Querem ser campeões? Provem-no! O campeonato entrou nessa fase decisiva, quem quer sucesso não pode vacilar, necessita de ser regular até final. Faltam dez jogos. Dez finais, se assim lhes quiserem chamar. E as finais, já se sabe, são, antes de qualquer futebol de deslumbramento, para ganhar. Agora com ordem invertida, é no Benfica e no Sp.Braga que estão as maiores probabilidades de sucesso. E nos bracarenses, um ponto atrasados para o primeiro lugar, a expectativa para perceber qual seria a reacção à goleada sofrida no Dragão, a segunda derrota no campeonato. Ante o FC Porto, o Sp.Braga abalou, encolheu-se, ficou reduzido a cinzas, não teve argumentos para alimentar o sonho do título. Seria, então, o princípio do fim de uma equipa sensação?

Não, claro que não. Por tudo aquilo que tem feito, pelos maquinismos que tem mostrado e, essencialmente, pela coesão que apenas no Dragão foi colocada em causa, não pode esquecer-se a força dos bracarenses devido ao pior jogo da sua temporada. Pelo menos não com tamanha facilidade. A resposta não deixa dúvidas: vitória clara, em casa, sobre o Olhanense. O Braga deixou para trás a derrota, voltou ao que era, começou o jogo em falso, pairou um espectro negativo, mas conseguiu empatar ao vigésimo primeiro minuto. Depois disso, assumiu inteiramente o controlo e conseguiu dar a volta. Fê-lo com mérito, ganhou com justiça. A equipa bracarense sabe para o que joga, não procura atingir níveis de brilhantismo, basta-lhe ser prática para chegar à vitória. O candidato voltou.


Pressionados para vencer, ultrapassados provisoriamente pelo Sp.Braga, jogando num estádio onde os dois adversários directos na caminhada pela glória perderam pontos, só restava uma solução ao Benfica: vencer. Convencendo ou não, é indiferente, interessavam os pontos. Nem os encarnados necessitaram de puxar dos galões: fizeram um jogo consistente, sem abusar de altivez de um líder que defronta o penúltimo, o suficiente para uma goleada. A estratégia de Castro Santos, bem sucedida contra o FC Porto, desta vez não teve efeito, o Leixões revelou-se demasiadamente inofensivo, foi presa fácil. O Benfica ganhou por 4-0, manteve tudo como até então, voltou a colocar o Sp.Braga para trás das costas. Foi espectacular? Colectivamente pode nem ter sido, mas Di María abrilhantou a noite.

O extremo argentino é assim: tanto aparece como desaparece, ora deixa Jorge Jesus à beira de um ataque de nervos, ora delicia os adeptos. Falta-lhe maior regularidade para ser um verdadeiro portento. Em Matosinhos, Angelito prolongou a genialidade que o invadira no jogo com o Hertha de Berlim, suportou a equipa, foi um regalo para a vista e, mais importante do que tudo isso, decidiu o jogo. Marcou três golos, algo inédito na sua carreira, por entre um espectáculo contínuo. Tudo saiu como ele quis. Decidira fazer um chapéu a Diego: não conseguiu à primeira, irritou Jorge Jesus, haveria de o conseguir depois. A teimosia, por vezes, pode ser uma virtude. Aí está o exemplo, o Benfica agradece.
Os dois primeiros cumpriram a sua parte, resta esperar pelo FC Porto. É a mostra dos candidatos.

4 comentários:

Jornal Só Desporto disse...

Boa Crónica.

A Clara Martins* disse...

O que falta a este blogue sei eu, pá (:

ÉS GRANDE RICARDO *

Relativamente à crónica, é jeitosa! Eu mudava, uma pontuação, mas nada de grave!

PS: Benfica <3

Ricardo Costa disse...

Não percebi, Clara, se querias dizer que o falta ao blogue sabes tu ou és tu! :D

A Clara M. disse...

As duas coisas *
Como é óbvio, Ricardo !

Um fundo VERMELHO é que era ...