sábado, 21 de novembro de 2009

Decisão atrasada

A princípio, seria uma jornada de grande festa para a população de Oliveira de Azeméis: teriam junto a si o FC Porto, tetracampeão nacional. Essa aproximação é inquestionavelmente a maior riqueza que a Taça de Portugal permite aos clubes de menor dimensão. À medida que o dia do jogo se foi aproximando, chegou também a apreensão devido às poucas condições do estádio Carlos Osório, palco do embate. De segurança, devido ao aumento da lotação, mas sobretudo por causa do relvado. O FC Porto lembrou o seu estatuto e reclamou outras soluções. A Oliveirense prometeu, com uma ajuda da meteorologia, um relvado suficiente. Hoje, dia da realização da partida, o jogo foi adiado. Ainda para data incerta. Tão esperado que era e ninguém o conseguiu antever.

No meio de tudo isto, o papel da Federação Portuguesa de Futebol ficou para segundo plano. Completamente contrário ao que deveria ser feito, falamos do órgão máximo do futebol português. A última palavra deveria ser sua, analisando e tomando a última decisão, nunca deixando tal encargo para o árbitro do jogo. Bruno Paixão decidiu, após o aquecimento, não realizar a partida. Fez bem, pois a integridade física dos intervenientes deve estar acima de tudo. O relvado estava mesmo impraticável. Sabia-se que assim seria, aliás. Por isso, causa estranheza que a tomada de decisão tenha sido tão demorada. Haveria necessidade de mobilizar público a um estádio onde se realizou apenas o aquecimento? Não. Obviamente.

2 comentários:

Jornal Só Desporto disse...

É o estado do nosso desporto só cá acontecem estas coisas de quem é a culpa dos adeptos que querem assistir ás coisas não de quem manda.

Dragaopentacampeao disse...

Ainda bem que imperou o bom senso.

Lamentável a atitude da FPF, a quem competia tomar medidas, especialmente depois das críticas proferidas relativamente às condições encontradas na Bósnia.

Lamentável também a LPF permitir jogos da Liga Vitalis em circunstâncias análogas.

A crise dos dirigentes é evidente. Grassa a incompetência nas mais altas esferas dos organismos oficiais do futebol nacional.

Caricato o facto de se remover as cadeiras na tentativa de duplicar (ou triplicar?)a lotação do estádio, com a conivência da FPF.