domingo, 18 de outubro de 2009

Palermo e Stankovic, atiradores à distância

Há aqueles golos bonitos que acontecem uma vez em meia dúzia de anos, apenas ao alcance de um verdadeiro génio futebolístico. Há outros que são marcados única e exclusivamente devido à sorte, em que o jogador funciona até como um ponto de impacto da bola que fortuitamente deslizou para dentro da baliza. Depois, há ainda os que estão no meio de ambos: são espectaculares, invulgares e carregadinhos de sorte. Servem, inclusive, para arrancar alguns sorrisos quer de quem o marca quer dos adeptos que observam o momento. Golos marcados por guarda-redes, de baliza a baliza, encaixam na perfeição neste último caso. Causa estranheza como é possível que tal aconteça.

Ontem, em Itália, poucos minutos estavam decorridos na segunda parte do Génova-Inter de Milão, quando Dejan Stankovic, médio sérvio, fez um golo de compêndio. Louco, foi o objectivo usado pelo próprio criador. Expliquemos: Marco Amelia, guarda-redes dos genoveses, já fora da área, levantou a bola que saiu direitinha para o pé direito de Stankovic. Um golpe de karateca, bola impelida, aos trambolhões, para dentro da baliza. Foi sorte, claro. Mas também muito mérito do internacional sérvio porque, mesmo de baliza escancarada, estava quase em cima da linha divisória. Para ver, rever e guardar na memória.

Se já não é todos os dias que vemos alguém marcar assim de longa distância, fazê-lo de cabeça é ainda mais improvável. Martin Palermo, avançado do Boca Juniors bem conhecido de todos os adeptos de futebol, foi o autor desta proeza. Na jornada sete do Torneio Apertura, na Argentina, o lance tem contornos que se assemelham ao de Stankovic, marcado ontem: ambos surgem na sequência de pontapés defeitosos dos guarda-redes contrários. Aqui, foi o guarda-redes do Vélez Sarsfield, Marcelo Montoya, que proporcionou uma cabeça fortíssima de Palermo. Que estava um tudo-nada adiantado em relação ao círculo central. Casos extraordinários, então.

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