quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dilema sportinguista

O Sporting encontra-se actualmente naquilo que se pode comparar a uma profunda depressão. Por paradoxal que possa parecer, leitor, a melhor prestação dos sportinguistas nesta época foi no encontro com a Fiorentina, em casa, para o playoff de acesso à Liga dos Campeões que acabou injustamente com um empate a dois golos. Aí, os leões mostraram atitude, garra, entrega e conseguiram ser melhores do que os frios italianos. Pensou-se que poderia ser uma mudança após um início de temporada sem vitórias. Não foi, é o facto. O Sporting não mais demonstrou as boas indicações deixadas nesse jogo. É uma equipa triste, apática e quase sem vontade de se mostrar. Mesmo tido uma boa prestação na Europa, a conquista do título nacional, embora ainda estejamos no início, é quase um sonho inconcretizável.

O empate em Guimarães foi apenas o último motivo para a contestação dos adeptos. José Eduardo Bettencourt, fiel aos seus ideais, não deixa que Paulo Bento caia. Faz bem, seria injusto para com o treinador e não será, do meu ponto de vista, a melhor opção. Claro que um treinador não poderá ter o seu lugar garantido eternamente e, por isso, percebo que haja quem defenda que a equipa necessita de um abanão que lhe possa devolver a alegria de jogar à bola. Mas será que é ao treinador que cabe a culpa de todas as más exibições? Também, mas não só. Outra questão: Paulo Bento é, enquanto técnico, teimoso e não abdica da sua filosofia mas haveria quem, no lugar dele, fizesse melhor? Não creio. Este plantel é o reflexo da política do clube, com inúmeras cautelas financeiras, recheado de jovens da formação. Ora, isso tem os seus custos e Paulo Bento não é certamente culpado disso.

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