quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Quando a Matemática ajuda a explicar o futebol

A Selecção nacional portuguesa tem, por esta altura, um problema bicudo pela frente. A presença no Mundial 2010, na África do Sul, está em sério risco. Falhar uma competição de de Selecções representa algo a que nós, portugueses, não estávamos já habituados pois desde o falhanço para o França'98 que não acontecia algo do género. No entanto, a exclusão do Mundial do próximo ano terá de ser encarada como um cenário bem provável de acontecer. Há, contudo, ainda esperança em como Portugal, beneficiando de uma ajuda de terceiros, consiga chegar ao playoff. Será uma espécie de estrada secundária para a África do Sul.

Surge, neste período delicado, uma questão importante: seria este um grupo assim tão forte para que Portugal não alcançasse a primeira posição, ou seja, a única que garante o acesso directo ao Mundial? Não, na minha opinião e independentemente dos resultados que foram surgindo, a Selecção portuguesa é a mais forte do seu agrupamento. À partida, Dinamarca - primeira classificada e, em princípio, a que conseguirá carimbar o bilhete para África do Sul - e Suécia tratam-se dos adversários mais fortes mas não são, de forma alguma, equipas de topo mundial. A Hungria poderá ser colocada imediatamente atrás (embora mais frágil do que as escandinavas, tal como ficou provado no último jogo frente a Portugal) mas com bem mais qualidade do que Malta e Albânia, as formações mais débeis do grupo.

Não foi, nem de perto nem de longe, devido às últimas prestações que Portugal fracassou. Aliás, a primeira parte alcançada em Copenhaga foi, muito provavelmente, o que de melhor se viu desta Selecção - embora não tenha acertado com a pontaria. Antes, apenas ganhara em Malta e na Albânia. Em casa, o saldo não é agradável: derrota (dramática) com a Dinamarca e nulos com a Albânia - este sim, um resultado verdadeiramente inaceitável - e com a Suécia, score que se repetiu em terras suecas. São, ao todo, onze pontos desperdiçados.

Quase tantos como os somados que são treze, isto é, menos cinco do que os dinamarqueses e menos dois do que os suecos. Com duas partidas pela frente, resta aos portugueses acreditar no segundo lugar, aquele que dará a participação num playoff de acesso ao Mundial. Para que tal aconteça, será necessário vencer, em casa, a Hungria e Malta e esperar ainda que a Suécia perca pontos. Na próxima jornada deste grupo, sábado, os dois primeiros classificados defrontar-se-ão e poderá ser aqui que Portugal tenha mais benefícios. Há que chutar para canto o pessimismo e acreditar nas possibilidades.

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