terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dois pesos, duas medidas

Ponto prévio: como consequência do clássico de sábado, Paulo Bento foi suspenso por doze dias ao passo que Duarte Gomes voltou a merecer a confiança de Vítor Pereira. Resulta daqui uma conclusão clara: não há medidas iguais para os intervenientes no espectáculo. Esta é, aliás, uma tese defendida por uma larga franja de adeptos. Facilmente se reconhece que quer o treinador do Sporting quer o árbitro estiveram mal no Dragão. Paulo Bento extrapolou nos protestos, foi bem expulso e, evidentemente, castigado. Duarte Gomes também cometeu erros, e seguindo essa lógica deveria ser penalizado por isso. Pelo contrário, vai voltar a poder exercer a sua parte no jogo como se nada tivesse acontecido.

O objectivo do que foi escrito acima não é, de forma alguma, colocar em causa as capacidades do árbitro Duarte Gomes. Nem muito menos desculpabilizar Paulo Bento pela atitude que teve nos minutos finais do clássico - e que, reitero, foi bem sancionada pois levou a sua insatisfação longe de mais. Porém, penso que é claro que não há uma medida igual para ambas as partes. Deixando de lado este caso, frequentes vezes assistimos a arbitragens completamente tendenciosas que levam a que, na primeira reacção, os jogadores ou responsáveis de uma determinada equipa mostrem o seu desagrado para com essa situação. Veja-se, por exemplo, o Chelsea-Barcelona, das meias-finais da Liga dos Campeões da época passada, em que o norueguês Tom Henning claramente prejudicou os londrinos. Bosingwa, lateral português, no final da partida disse que a sua equipa tinha sido roubada. Foi castigado. É justo?


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