segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Azar, sim, mas não só...

Azar. Após o empate frente à Dinamarca, sempre que o assunto é a Selecção nacional, esta palavra marcou lugar cativo no vocabulário dos portugueses. Diz-se que Portugal teve azar. Concordo e acrescento: teve imenso azar. Todos concordarão, decerto. O que não se pode fazer, no entanto, é usar essa má sorte para explicar o porquê de nos encontrarmos numa posição tão delicada e de ter a qualificação para o Mundial cada vez mais longe. Em Copenhaga, Portugal jogou bem, produziu muito em termos ofensivos mas faltou o mais importante: marcar. É preocupante quando uma equipa tem mais de trinta remates e apenas consegue um golo.

Caso Portugal falhe a presença na África do Sul - e é, admitamos, neste momento, o cenário mais provável embora ainda reste alguma esperança - deverão ser focados os jogos com a Albânia, a Suécia e a Dinamarca. Os que foram jogados em Portugal, entenda-se, pois existiria alguma margem de erro para as partidas além fronteiras porque, se a exibição fosse sempre como em Copenhaga, o panorama seria bem mais animador. Repare-se que, em todos os jogos, Portugal foi melhor e produziu mais do que o adversário. Falhou, sempre!, na pontaria. Por isso digo, leitor, que não poderá ser apenas azar.

Empatar, a zero, em casa frente aos albaneses e aos suecos e perder (dramaticamente) ante os dinamarqueses são espinhas atravessadas na garganta dos portugueses. Uma equipa que pretende apurar-se e que é, por certo, a que melhores resultados tem obtido nos últimos anos, não pode desperdiçar pontos desta forma. Houve, após o primeiro jogo com a Dinamarca, uma ansiedade muito grande que afectou completamente os bons resultados. Claro que houve, também, azar. Quer com a falta de golos quer com decisões erradas dos árbitros. Mas isso não pode, de forma alguma, ser a única explicação para o provável falhanço.

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