terça-feira, 30 de junho de 2009

Adiós, El Comandante!

Ainda na primeira parte do FC Porto-Manchester, dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, Lucho González lesionou-se e teve de ser substituído. Os adeptos levantaram-se das cadeiras e dedicaram-lhe uma ovação estrondosa. Foi um obrigado. E foi a última vez que tal aconteceu, sabe-se agora. Lucho não mais jogou nessa época e hoje o FC Porto confirmou o acordo com o Olympique Marselha para a venda do argentino, a troco de dezoito milhões de euros. Os portistas perdem o comandante, o futebol português um dos jogadores com mais classe que por cá passaram.

Lucho González chegou a Portugal faz agora quatro anos, vindo do River Plate e já depois de ter estado no Huracán. Foi um pedido expresso do treinador Co Adriaanse e chegou acompanhado do compatriota Lisandro López, no período que marcou a investida dos portistas no mercado argentino. Num ápice ganhou um estatuto de relevo no clube: intocável no onze-base, encantou os adeptos, foi espalhando classe nos relvados portugueses e assumiu a braçadeira de capitão em alguns jogos. Há um trocadilho que, apesar de fácil, se adapta na perfeição: Lucho é um luxo.

El Comandante, como ficou conhecido entre os adeptos, foi um verdadeiro cérebro do meio-campo do FC Porto. Por ele passava toda a manobra da equipa. Assim foi durante quatro épocas. Com 28 anos, Lucho sai como tetracampeão, duas Taças de Portugal e uma Supertaça no currículo. Parte com glória. É uma má notícia para o futebol português, obviamente. Gracias!

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