sábado, 7 de março de 2009

Mais um saído do baú!

O futebol português tem umas personagens engraçadas. Cómicas, até. Apareceu mais uma, em pleno tribunal, no julgamento do caso do envelope com dinheiro que Pinto da Costa terá entregue ao árbitro Augusto Duarte dois dias antes do jogo entre o Beira-Mar e o FC Porto, de 2003-04: chama-se António Mortágua. É juiz e já foi presidente do Conselho de Justiça. Ora no tribunal disse que não acreditava que o presidente do FC Porto tivesse entregue esse tal envelope e que "500 contos (2.500€) só dava para o aquecimento porque a bitola dos árbitros, nessa época, era muito maior". Perante tal afirmação, Mortágua foi questionado sobre se os árbitros eram corruptos. A resposta seguiu a linha do que já haveria dito: "Alguns eram!". E continuou, ao falar de um jogo do Feirense e do Beira-Mar em que o árbitro recebeu, antecipadamente, 1.500€ de cada equipa.

Depois de tudo isto regista-se o facto de António Mortágua não acreditar que Pinto da Costa tivesse tentado corromper Augusto Duarte pelo simples facto de ser pouco dinheiro - disse mesmo que 500 contos era uma quantia ridícula - e, ainda, de não se sentir surpreendido com tudo isto. Porque diz que os árbitros de 2003/04 viciavam resultados. Mas nunca não falou, nunca disse nada. Fê-lo agora, atirando mais lenha para a fogueira. Dá para acreditar?

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