domingo, 1 de fevereiro de 2009

O dragão na pole-position com Hulk a guiar

ANÁLISE JORNADA 16 - LIGA SAGRES

Desta vez o FC Porto agarrou-se à liderança. Após uma boa exibição no Restelo onde demonstrou que está bem melhor do que há uns tempos e cheio de vontade para ficar no topo. Conseguiu. Numa jornada em que o Sporting voltou a desperdiçar uma boa oportunidade de se chegar à frente, o Benfica mantém-se pertinho da liderança. E domingo há clássico no Dragão, que promete ser escaldante! Os portistas partem na pole-position.


O FC Porto continua líder. Com categoria e, acima de tudo, com mérito. Mas mesmo assim teve que passar por alguns calafrios, frente ao Belenenses. Que já se esperavam. A equipa de Jaime Pacheco tem vindo a subir de produção e, aos poucos, consegue ser mais forte. Se não, bastava olhar para o jogo com o Benfica, na jornada passada. Jesualdo sabia dos riscos. Os portistas entraram em campo com o gás todo, dispostos a passar mais uma semana no primeiro lugar. Já depois de dois ou três ameaços, Hulk marcou o primeiro. Plenamente justo. Um minuto depois, aos 22, Rodríguez cabeceou de cima para baixo e fez o segundo. De um momento para o outro o jogo parecia arrumado tal era o domínio do FC Porto. Pois bem, parecia. Jaime Pacheco alterou a equipa, o Belém reencontrou-se e reduziu a desvantagem. E relançou o jogo. Antes do intervalo, Rodrigo Arroz esteve perto de empatar. Helton não deixou. A segunda parte começou da mesma forma, com o FC Porto por cima. Porém, foi Ávalos quem esteve à beira do golo. Não teve arte nem engenho e os portistas fizeram a gestão do jogo como bem entenderam. Até surgir mais um golo, de Lucho, a passe de Lisandro (na primeira vez que tocou na bola!). Com o resultado feito, tempo ainda para um golpe de teatro: Fucile havia visto um amarelo na primeira parte que o tirava do clássico com o Benfica, por ser o quinto; forçou quanto pôde o segundo e foi expulso, cumprindo assim castigo na Taça da Liga - ante o Sporting - e estará disponível para o jogo com os encarnados. Os regulamentos são assim e os portistas foram bem mais inteligentes. Excelente arbitragem de Duarte Gomes.

O Benfica continua no segundo lugar, um ponto atrás do campeão. Isso porque cumpriu a sua obrigação e venceu o Rio Ave, último classificado. Graças a um golo de Mantorras. Não, não há engano: o golo da vitória foi marcado por Pedro Mantorras. Para euforia total do estádio da Luz. Ora vamos ao início. Quique Flores fez algumas alterações na equipa: colocou Carlos Martins no meio ao lado de Yebda e entregou o ataque a Nuno Gomes e Cardozo em vez de Aimar e Suazo. A primeira parte não foi bem jogada, longe disso, muito por culpa do relvado (não seria uma piscina?) e o Rio Ave foi a equipa que melhor se adaptou. Mas nunca chegou com grande perigo à baliza de Moreira. Do outro lado, Cardozo acertou em cheio no poste e, em cima do intervalo, Carlos Martins obrigou Paiva a uma defesa sensacional. O reatamento não foi muito diferente. O jogo continuou na mesma toada, sem grandes brilhantismos (impossível naquele terreno, diga-se!). Cardozo voltou a acertar no poste, aos 59 minutos, e depois surgiu o tal golo de Mantorras. O golo da vitória. Evandro e Pedro Moutinho estiveram perto de empatar mas não passaram disso.
Sim, porque esta era a noite de Mantorras. Excelente arbiragem de Rui Costa.

Antes do jogo dos encarnados, jogou o Sporting. Que voltou a perder pontos e a permitir que a concorrência directa se destacasse ainda mais. Na Trofa, não conseguiu mais do que um empate a zero. Não é que seja uma total surpresa, até porque o Trofense venceu o Benfica e empatou no Dragão e já se viu que os grandes têm dificuldades em jogar com a equipa de Tulipa. Houve uma novidade numa das equipas, na de arbitragem: João Ferreira lesionou-se e teve de ser susbtituído pelo quarto árbitro, Nuno Campos - no final falaremos dele. O Sporting entrou bem no jogo. Assumiu o controlo e acercou-se da baliza de Paulo Lopes. Porém, sem sucesso quer pela falta de pontaria dos seus jogadores quer pela excelente exibição do guarda-redes. Aos 25 minutos, Liedson soltou-se da marcação mas acertou na trave. Mais tarde, foi Izmailov quem colocou a bola no fundo da baliza mas em fora-de-jogo. No resto pouco mais. O Trofense esteve quase todo o jogo no seu meio-campo. E foi protegido pela sorte. Ao Sporting voltou a faltar mais ambição, mesmo merecendo ganhar. Além do empate, Paulo Bento ficou sem Liedson, por lesão. Excelente arbitragem de Nuno Campos. Sim, é um árbitro de segunda categoria.

No duelo entre quarto e quinto, Leixões e Nacional, houve empate. A zero. Mais um para a equipa de José Mota. Quem aproveitou esse empate foi o Marítimo que igualou os rivais da Madeira, graças a uma vitória por 1-0 sobre a Naval. No jogo de Vitórias intranquilos, o de Guimarães venceu o de Setúbal muito por culpa do endiabrado Nuno Assis, autor de um hat-trick. Empate a dois em Coimbra entre Académica e Estrela. Também o Sp.Braga regressou às vitórias, depois dos polémicos encontros com Benfica e FC Porto, frente ao Paços. A luta pela UEFA também está animada.

O líder é o mesmo. As arbitragens, pelo menos dos jogos dos grandes, foram excelentes. Quer de Duarte Gomes, Rui Costa ou do desconhecido Nuno Campos. É justo dizê-lo. Ainda para mais quando os árbitros são tão criticados.

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