sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Olympiacos-Benfica, 5-1: que tragédia grega!


Uma autêntica tragédia grega foi aquilo que aconteceu ao Benfica frente ao Olympiacos. Os encarnados entraram no jogo a perder, com um golo logo aos 39 segundos. E quando assim é, a coisa não pode correr bem. Acabaram por ser cinco. E a Taça UEFA por um canudo.

O Benfica começou a perder. Ainda antes do primeiro minuto estar completado, os gregos marcaram o primeiro golo. A defesa benfiquista ficou a ver a banda passar e Galleti, na insistência, atirou para o fundo da baliza de Quim. Pior era impossível.

Mas havia que reagir, que tentar empatar o mais rapidamente possível. Na conversão de um livre, Reyes colocou a bola no fundo da baliza mas foi assinalada (bem!) uma falta a Nuno Gomes. Este, podia ter sido um alerta para acordar as tropas, mas não. A defesa do Benfica era um autêntico passador. Patsatzoglou, aos 18 minutos, aumentou para 2-0. A seguir foi a vez de Diogo. 3-0, sem espinhas. Mau, muito mau.

Com três golos de vantagem aos 25 minutos da primeira parte, o Olympiacos não precisava de correr muito mais. O Benfica é que tinha que o fazer. E fê-lo, ou pelo menos tentou. Já depois de Suazo ter cabeceado por cima e de Nikopolidis ter sido obrigado a uma defesa enorme, David Luiz marcou para a equipa portuguesa. Com 3-1, o Benfica ganhava um novo fôlego.

QUARTO GOLO ACABA COM O JOGO (E COM O BENFICA...)

Mas foi sol de pouca dura. Apesar de a equipa se ter animado com o golo, era sempre o Olympiacos que criava mais perigo. A um minuto do intervalo, Belluschi aproveitou mais uma falha de Jorge Ribeiro - que mal, meu Deus - e acabou com o jogo. E com as esperanças, se é que havia, do Benfica.

Para a segunda parte, Quique Flores não fez alterações. Nove minutos depois do reatamento, os gregos voltaram a marcar. Mais uma vez pelo lado esquerdo da defesa do Benfica. 5-1. O ritmo quebrou e nada mais havia a fazer senão esperar pelo apito final.

Sp.Braga-Wolfsburgo, 2-3: malditos descontos!

Às vezes os descontos eram bem dispensáveis no futebol. Jorge Jesus que o diga. Perdeu em San Siro e perdeu agora, em Braga, com o Wolfsburgo. Com golos no tempo de compensação.

Depois de ter despachado o Portsmouth e de quase ter gelado Milão, as esperanças e a ambição deste Sp.Braga eram legítimas para o jogo com os alemães do Wolfsburgo. E o início do jogo provou-o. Com um golo aos 5 minutos. Um golo atabalhoado e cheio de ressaltos que bateu pela última vez antes de entrar na baliza de Diego Benaglio no defesa português Ricardo Costa. Foi esquisito, sim senhor, mas o que interessa é que contou.

A equipa de Felix Magath acusou o golo. O Sp.Braga estava melhor, circulava a bola e tinha profundidade nos flancos. Mas, à passagem dos 25 minutos, o Wolfsburgo conseguiu empatar. Com sorte à mistura. Dejagah rematou, Eduardo, mal colocado, defendeu para o poste e Dzeko empurrou para o fundo da baliza. 1-1.

TANTO QUERIAM MARCAR QUE ACABARAM POR SOFRER

Os alemães jogavam na expectativa, no erro e estavam perfeitamente consolados com o empate. Mas este Sp.Braga não é de modas e no início da segunda parte, Meyong, servido por Alan, voltou a colocar a equipa portuguesa em vantagem. Tudo corria de feição. Os bracarenses aliavam o resultado ao contolo da partida. Perfeito!

Porém, o Wolfsburgo insistiu na parte final. Dzeko escapou, Rodríguez foi atrás dele, entrou de carrinho e penalty. Golo. Que gelados estes alemães. Contudo o pior estava ainda para vir. A equipa de Jorge Jesus lançou-se num ataque desenfrado à baliza de Benaglio e esqueceu-se da defesa. Misimovic marcou o terceiro e deu a vitória, nos descontos, ao Wolfsburgo.

Moral da história: quem muito quer, pouco tem.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sporting-Barcelona, 2-5: a vantagem de ser um dream-team


O Sporting tinha uma oportunidade soberana para ser primeiro do grupo. Para isso era preciso ganhar ao Barcelona. Objectivo falhado. O jogo era em Alvalade, sim senhor, mas este Barça nunca brinca e marca golos que se farta. Desta vez, foram cinco. Um, dois, três, quatro, cinco.

Com as duas equipas já apuradas, este jogo podia ser visto como uma mera obrigação de calendário. Desengane-se quem pensava isso, até porque não é todos os dias que se defronta uma das melhores equipas da Europa. Ainda para mais este Barcelona de Guardiola, que muitos já apelidam de "dream-team" a fazer lembrar os tempos de Cruyff. E estava, sobretudo, o primeiro lugar do grupo em jogo (e os respectivos milhões, é lógico). O que por si já valia o bilhete.

O Sporting respeitou em demasia o adversário. Uma equipa apática, receosa, sem ideias. O Barça entrou com tudo e o remate de Xavi à barra, logo aos 7 minutos, deixou os adeptos com a firme certeza de que não ia ser um jogo de cavalheiros. Até porque Messi estava em campo. Ele e as suas diabruras. Estavam decorridos 14 minutos, quando o argentino escapou pela esquerda, deu um nó cego a Daniel Carriço e serviu Henry. Golo, pois. Quatro minutos depois, foi o segundo, com uma ajuda involuntária de Polga à festa. Vinte minutos, 2-0. Foi assim até ao intervalo. Um Sporting sem criar perigo, sem emoção e um Barcelona de top, mesmo sem ter que aumentar muito o ritmo.

A ILUSÃO TRAÍDA POR CANEIRA

Ao intervalo e com o total controlo das operações, Pep Guardiola poupou Henry e fez entrar Bojan Krkic (mais um diabo à solta). Cinco minutos depois do reatamento, Messi voltou a fazer das suas, marcando o terceiro golo do Barça. E estava concluído o trabalho do mágico. Escusado será dizer que os blaugrana tiraram o pé do acelerador, permitindo ao Sporting aproximar-se da baliza de Valdés. Como aos 65 minutos, altura em que Miguel Veloso marcou um golaço de livre directo. E, no lance seguinte, quando Liedson meteu Marquez num bolso e reduziu ainda mais a desvantagem leonina. Era o 2-3 e voltava a ilusão de que a equipa de Paulo Bento poderia tirar mais qualquer coisa deste jogo.

Ilusão, só isso. Dois minutos depois do golo do Levezinho, o Barça chegou ao quarto, num autogolo de Caneira - dois autogolos num jogo são coisas do arco-da-velha. E, para completar o resultado, Rui Patrício cometeu penalty sobre Bojan. 2-5, claro está. Tudo contado.

"Aos jogadores do Sporting só faltou pedir autógrafos" (Pedro Sousa, RR)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Fenerbahçe-FC Porto, 1-2: apagar o inferno!

Já está, acabou! O FC Porto apurou-se para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Num jogo de emoções em Istambul, os portistas fizeram uma grande primeira parte e depois souberam sofrer. O Fenerbahçe bem pode fazer a trouxa. E nem foi preciso um comandante.

Jesualdo Ferreira tinha à partida um problema: não podia contar com Lucho, a estrela da companhia. Jogou Tomás Costa no lugar de "El Comandante". E a equipa entrou bem, pressionante, aguerrida. O Fenerbahçe estava desnorteado, errava muitos passes e não conseguia ligar uma jogada. Aos 12', Raul Meireles mostrou que o ambiente infernal de Istambul não fazia mal a ninguém, com um remate de primeira que Volkan Demirel parou com uma grande defesa. Era um prenúncio do que aí vinha!

O Fenerbahçe dava uma casa atrás da outra e o FC Porto aproveitou. Aos dezoito minutos, o primeiro golo: depois de um grande passe de Fernando, Bruno Alves cruzou para área e Lisandro rematou para dentro da baliza de Demirel (andou a ver navios!). Um gelado argentino. Contudo, apenas dois minutos depois, Edu Dracena esteve perto, pertinho de empatar. Mas não passou disso.

A equipa turca continuava a tremer por todos os lados e o FC Porto voltou a marcar. Outra vez Lisandro, agora depois de um lançamento de Fucile. Alguém queira mais? Tomás Costa, pelos vistos, queria. Lançado em velocidade por Meireles, o argentino fez um chapéu a Demirel e quase marcou um golo de levantar o estádio. Quase, porque a bola bateu no poste. Aos 33 minutos, podia ter sido o xeque-mate. Não foi e o FC Porto chegou ao intervalo com dois golos de vantagem e o apuramento no bolso. Ganhava e convencia.

KAZIM ÀS TRÊS TABELAS

Para a segunda metade, Luis Aragonés colocou Kazim Kazim para tentar mais qualquer coisa. E o que é certo é que o Fenerbahçe melhorou. A defesa do FC Porto tremeu e, logo no primeiro minuto, os turcos quase marcaram. O jogo estava agora mais dividido e mais próximo da baliza de Helton. Aos 59 minutos, Hulk teve uma oportunidade soberba para acabar, definitivamente, com o jogo, mas não conseguiu passar por Demirel. Como quem não marca sofre, foi a vez do Fenerbahçe reduzir: Kazim Kazim rematou, a bola bateu em Bruno Alves e traiu Helton. E de um momento para o outro, um jogo que parecia resolvido voltou a ter emoção.

O Fenerbahçe mandou-se para cima da área do FC Porto, sempre em busca de um novo golo. Sem sucesso, diga-se, porque os portistas mostraram uma enorme maturidade e arragaram com unhas e dentes a vantagem. Sem espinhas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Confirmações, surpresas e desilusões

O futebol é feito de confirmações, surpresas e desilusões. O Leixões volta a ser o destaque. Ganhou em Vila do Conde, mantém a liderança. Pode não jogar um futebol atractivo pode ter sorte,ok, mas tem mérito. Muito. E neste momento já não é surpresa para ninguém, é a equipa-sensação.

Uma confirmação: o Benfica. A equipa de Quique Flores está completamente diferente daquilo que era o ano passado. Está uma equipa segura, forte e, sobretudo, ganhadora. Não encanta pelo futebol praticado, mas ganha com justiça, como aconteceu na passada jornada em Coimbra. Mas como diz o treinador, ainda falta acertar muita coisa.

O Sporting está intranquilo. É um facto. Ganhou à Naval, justamente, mas a equipa está sob brasas. Até pelas expulsões acumuladas (na Figueira foram duas, Caneira e Derlei) e pelo ataque de Paulo Bento aos árbitros.

O Vitória de Guimarães tem sido uma desilusão até agora. É certo que perdeu jogadores importantes (Ghilas, Alan e Geromel) mas esperava-se mais de uma equipa que surpreendeu tudo e todos na época passada. Depois de derrotas com Benfica e FC Porto, empatou em casa com o Paços de Ferreira (parece que se está a endireitar).

Futebol é isto mesmo...

sábado, 22 de novembro de 2008

Auto-propaganda escusada...



Confesso que já gostei mais de Cristiano Ronaldo. É um jogador fantástico, ok, mas tem um ego demasiado grande.


Não me parece que fique bem a um jogador fazer auto-propaganda e gabar as suas qualidades. Ronaldo fê-lo: "Seria lógico ser o melhor do Mundo" e "Sou o primeiro, o segundo e o terceiro melhor do Mundo". Frases desajustadas, no mínimo.

Outra coisa é a atitude. Os jogadores são profissionais, são pagos (e de que maneira) para jogar e devem dar sempre o máximo. Cristiano Ronaldo, na Selecção, não me parece que faça tudo o que está ao seu alcance: joga de forma lenta, sem alegria, quase obrigado. Mas este é, infelizmente, um mal comum. Pode-se dizer que as Selecções não pagam salários, mas deve ser um previlégio representar o país e não um frete.

O terceiro aspecto que não aprecio em Ronaldo é a sua relação com o público. Ainda hoje, depois de ser substituído no Aston Villa-Manchester United e de ter ouvido assobios do público do Villa, virou-se para a bancada dizendo "I'm a number one" e mandando calar os adeptos. Uma arrogância que não fica nada bem.

E agora, com a eleição para melhor do Mundo à porta, Ronaldo tem tudo para a ganhar. Pela época que fez merece-o, sem quaisquer dúvidas. Até porque se perder será uma tremenda injustiça. Mas também uma grande lição de humildade e um exemplo de demonstrar que andar de peito feito pode não resultar.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Brasil-Portugal, 6-2: era amigável, não era?


Não, não há engano: o Brasil ganhou mesmo a Portugal por 6-2. Num jogo particular (sim, porque de amigável não teve nada) tudo parecia indicar para um duelo entre Kaká e Cristiano Ronaldo, uma espécie de passagem de testemunho de melhor do Mundo. Puro engano! Até porque enquanto o brasileiro sacou uma exibição dos diabos, a de Ronaldo foi um inferno. Mau de mais para ser verdade.

Portugal até começou a ganhar. Ou melhor, entrou no jogo a ganhar. Remate de Bruno Alves já dentro da área e desvio de Danny, "à Madjer". Um golo sensacional, de calcanhar. Ainda não estavam decorridos cinco minutos.

Contudo, o golo trouxe um sentido contrário: acordou a equipa brasileira para uma exibição de gala. Defesa segura, controlo no meio-campo, velocidade e golo. O empate. Luís Fabiano, depois de um drible de Robinho a Pepe, bateu Quim. O meio-campo de Portugal era um autêntico passador, um
passe-vite. Não fazia cócegas aos brasileiros. Kaká partiu a defesa portuguesa, libertou-se de Paulo Ferreira e Bruno Alves e deu o golo a Fabiano. Bis do avançado numa rotação perfeita. Reviravolta no resultado.

Carlos Queiroz fez entrar Raul Meireles para o lugar de Danny (foi o menos mau) e Nani para o lugar do regressado Tiago. Portugal aumentou a agressividade, mas o escrete continuava a mandar no jogo. E cada vez mais. Robinho, supersónico, conduziu o contra-ataque, contou com Luís Fabiano como intermediário e Maicon fez um golaço. Loucura no Bezerrão. Que não iria ficar por aqui, contando com as mesmas personagens: depois de um remate de Robinho, Fabiano - enorme exibição! - antecipou-se a Quim e completou o seu "hat-trick". 4-1.

Portugal estava agora vergado, sem forças para tanto Brasil. Mesmo assim, ainda conseguiu reduzir a desvantagem, num remate cruzado de Simão. Mas este foi apenas um aparte na festa canarinha. Foi Elano quem fez questão de dar mais vida à festa (era mesmo preciso?) com um golo de levantar o estádio.O jogo praticamente acabou aqui. Depois houve substituições e mais substituições, que partiram o ritmo. Porém, antes do apito final, mais um golaço. Cabeceamento de Adriano e já está, 6-2. Impotente, Carlos Queiroz levou as maõs à cabeça.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Este Leixões vai mesmo de Mota...

Senhor Leixões, super Leixões, fantástico Leixões. Escolham como quiserem. O certo, certinho, é que a equipa de José Mota lidera isolada a Liga Sagres. E com todo o mérito, depois de uma vitória categórica sobre o Sporting. Pode não jogar um futebol do outro mundo, mas vale pelo colectivo, tem capacidade de sofrimento (ou carácter) e merece, sem dúvida, o lugar que ocupa. E os resultados no Dragão e Alvalade não enganam.

O FC Porto regressou às vitórias para o campeonato, depois de o fazer também na Liga dos Campeões e na Taça de Portugal. O jogo com o V.Guimarães (muito apático, nem parecem os mesmos) foi, talvez, o melhor da temporada e trouxe uma equipa bem mais aguerrida e activa. Os golos de Lisandro e Farías deitaram abaixo o castelo. A retoma parece estar feita.

Com a derrota do Sporting, o Benfica aproveitou para se distanciar ainda mais (5 pontos para os leões e 4 para o FC Porto). Na Luz, contra o Estrela - grandes profissionais, mesmo sem receber fizeram um grande jogo - um golo de Sidnei bastou para que a equipa de Quique Flores se mantivesse colado ao primeiro lugar. Certo que não foi uma exibição de encher o olho, foi até um jogo lento e sem grandes motivos de interesse, mas o objectivo principal foi alcançado. A frase "vence mas não convence" aplica-se na perfeição.

De resto, vitória do Sp.Braga sobre o Setúbal, que não mostra nem um pouco daquilo que fez o ano passado; empate na Choupana entre o Nacional e o Rio Ave; primeira vitória do Paços de Ferreira, frente à Naval e vitória do Marítimo, na Trofa, que catapultou os madeirenses para os lugares do topo, depois de um mau arranque. É assim o futebol.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Assim vai a nossa arbitragem...

É uma La Palice: a arbitragem portuguesa vai de mal a pior.

E quando falo de arbitragem não me refiro apenas aos árbitros, mas sim a todo o sistema. Vejamos: Bruno Paixão (está na baila!) fez uma péssima arbitragem em Alvalade, com prejuízo do Sporting e do FC Porto, mas recebeu "Bom" do observador. Perante tanta confusão gerada por essa nota, Vítor Pereira, presidente da comissão de arbitragem, veio dizer que não era um "Bom" mas sim uma positiva à justa e que não podia ir ao mercado de Inverno contratar árbitros. Ou seja, foi diplomata, mas não lhe fica nada bem criticar um árbitro (por ele escolhido) em público.

Entretanto Bruno Paixão foi designado para um jogo da Taça UEFA, Manchester City-PSG. Quem é internacional arrisca-se a isto...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

As crónicas do BB


O QUE VAI ACONTECER AO FUTEBOL PORTUGUÊS?

Perante a pergunta muitas nuvens negras se avistam no horizonte, e não é do tempo invernoso que se faz sentir, isso sim pelo amontoar de dívidas que os clubes profissionais vão acumulando. Os clubes gastam o que não têm, os jogadores preferem ordenados chorudos, prometidos mas não pagos, a propostas mais baixas de clubes que honram os seus compromissos. O Sindicato dos Jogadores sem força suficiente para fazer valer os seus direitos, vai clamando mas ninguém os ouve. A Liga de Clubes enfia a cabeça na areia e limita-se a cumprir o seu papel de organizadora de jogos, preterindo o de fiscalizador, fechando os olhos a incumprimentos que saltam à vista de toda a gente.


Com tudo isto, nada impede, que escassos dois meses após o inicio dos campeonatos profissionais, se entrasse na bancarrota. O Estrela da Amadora já lá chegou, outros para lá caminham (é só questão de esperar mais algumas semanas), os clubes da segunda liga já reuniram com a entidade patronal pedindo mais dinheiro, pois a torneira por onde jorra o líquido que paga a segunda competição profissional não chega para refrescar a garganta a tantos sequiosos. O Boavista safou-se do pedido de insolvência do Beira-Mar, mas já tem outro às costas e muitos outros se seguirão, pois os credores estão em bicha para receber o que a gestão de João Loureiro andou a esconder durante muito tempo, dívidas, muitas dívidas.


Volto pois a um tema que acho importante e relevante. Quem passa as certidões que garantem a inscrição dos clubes endividados na Liga? A Liga aceita, sem fiscalizar, todo o documento que lhe chega às mãos? O súbito enriquecimento não é um fenómeno estranho, para quem na véspera de acabar o prazo legal de apresentação dos documentos de “boa fé”, ainda tinha os credores à soleira da porta?


Responda quem souber, porque pelo que ouvimos do inefável presidente da Liga, prefere contornar as perguntas sobre o assunto, com respostas redondas e sem sumo, diria que resposta à moda da política, ou seja, diz muita coisa mas também coisa nenhuma. A semana passada realizou-se importante reunião de clubes na Liga, para pôr fim a um calendário de jogos catastrófico e que afasta os espectadores de jogos da Taça da Liga e de Portugal. Talvez se vá a tempo de salvar algo para a próxima época. E que tal haver reunião e decisões drásticas sobre os clubes não cumpridores? A transparência de Hermínio e Ricardo não chega a todos os sectores do futebol? Ou a preocupação vai para o caso das escutas que valem mas não valem? Como vai o “justiceiro” Costa descalçar a bota?


Entretanto as chicotadas psicológicas aí estão, Paulo Alves e António Sousa cá no burgo e Carlos Carvalhal além fronteiras.


Os grandes oscilam boas exibições com exibições razoáveis e medíocres, Leixões e Nacional lá vão fazendo como a formiga, amealham no Inverno para passar uma Primavera descansada, enquanto Guimarães e Braga são desilusão, pelo muito que prometeram e pelo pouco que vão cumprindo.


Ou seja nada muda no reino do futebol, até as arbitragens são o que se vai vendo semana após semana, e é preciso muita paixão, para assistir a tanta diatribe.


Fiquem bem e até Dezembro.

BERNARDINO BARROS (Director de comunicação da Global Sport)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sporting-FC Porto: saiu a lotaria ao dragão!


Louco, electrizante, emocionante. Assim foi o clássico de Alvalade, que colocou o FC Porto na V eliminatória da Taça de Portugal e deixou o Sporting sem a possibilidade de defender esse título, no Jamor. Mas só depois das grandes penalidades é ninguém ficou com dúvidas, porque até aí a balança podia ter caído para qualquer um dos lados. E Bruno Paixão fez das suas.

É sabido que Jesualdo Ferreira gosta de inovar neste tipo de jogos. E o jogo com o Sporting não fugiu à regra. Fucile foi o lateral direito, Mariano jogou na ala esquerda e Hulk substituiu Rodríguez no ataque do FC Porto. Foram estas as alterações do treinador portista, em relação ao jogo de Kiev. Do outro lado, Paulo Bento apenas trocou Grimi por Romagnoli, jogando Miguel Veloso na esquerda da defesa, tentando assim criar alguma supremacia no meio-campo.

A partida começou bem, viva, sem grandes rodeios tácticos. O FC Porto teve a primeira grande ocasião: Hulk fez um sprint, cruzou a bola para Lisandro, mas Miguel Veloso foi mais rápido e afastou o perigo. Porém, a partir desse ameaço, foi o Sporting quem tomou conta do jogo. A equipa leonina conseguia ter profundidade nas alas, principalmente na direita, aproveitando a falta de velocidade de Pedro Emanuel, que não é um lateral nem de perto nem de longe. Daí a colocação, estratégica, de Mariano González naquela zona, para ajudar o capitão nas tarefas defensivas.

O Sporting estava melhor, jogava bem e adivinhava-se o golo. Rochemback (20') e Postiga (22') bem tentaram, mas Helton foi enorme. Porém, à passagem da meia hora, veio o golo. Cruzamento de Izmailov que contou com um corte atabalhoado de Fernando fez a bola cair, direitinha, onde estava Liedson. Pedro Emanuel dormiu na parada e o Levezinho, de cabeça, marcou. Vantagem merecida, nesta altura.

Pode dizer-se que o Sporting da primeira parte foi, possivelmente, o melhor desta época. Teve mais oportunidade para marcar, mas não conseguia aproveitar. Em cima do intervalo, foi Hulk quem mostrou que o FC Porto ainda não estava entregue, com um remate que passou perto da baliza de Rui Patrício.


OS DOIS INCRÍVEIS: HULK E BRUNO PAIXÃO

Ao intervalo, Jesualdo Ferreira sentiu a necessidade de modificar alguma coisa, para anular a passividade da sua equipa e tentar o golo. Para isso, trocou Mariano (fez mais de defesa do que de extremo) por Tomás Costa, passando para um 4x4x2 com as linhas mais juntas. O FC Porto entrou bem melhor em campo, instalando-se no terreno leonino, procurando sempre a velocidade, quer de Hulk, quer de Lisandro ou, mais tarde, de Rodríguez. Mas, com os portistas mais preocupados em atacar do que defender, pertenceu a Moutinho a oportunidade de marcar. Helton opôs-se com uma grande defesa.

Foi então que apareceu Hulk. O brasileiro corre que se farta, não dá um lance por perdido e só tem olhos para a baliza. Aos 58 minutos, recuperou a bola, correu 60 metros, entrou na área do Sporting e rematou para o fundo da baliza. Fantástico!

Mas desengane-se quem pensa que Hulk se ficou por aqui. Primeiro, repetiu o sprint que deu o golo e caiu na área, com Polga (em falta?). Mais tarde, foi abalroado por Patrício dentro da área e envolveu-se com Caneira. Bruno Paixão expulsou o central (decisão Salomónica, um amarelo para cada, quando deveria ter mostrado o vermelho directo), mas não assinalou o penalty do guarda-redes.


O clima aqueceu, o jogo partiu-se e mandaram-se as tácticas às urtigas. Nesta fase, o FC Porto estava por cima, era melhor. Paulo Bento colocou Pedro Silva, na esquerda, para equilibrar a defesa, passando Veloso para central. O lateral brasileiro entrou bem, com boas arrancadas pelo flanco que moeram o juízo a Fucile (viria a ser substituído por Lino, por já não estar nas melhores condições físicas). A superioridade numérica dos portistas não dava grandes frutos, até porque o Sporting estava mais compacto, mas também não durou muito tempo. Pedro Emanuel - decididamente não era a sua noite - cometeu falta sobre Moutinho e viu, bem, o segundo amarelo. Mas Bruno Paixão voltaria a errar, depois disso, quando Rolando cortou a bola com o braço dentro da área. O tempo regulamentar estava jogado.

Chegou o prolongamento. Literalmente, porque foi um prolongamento daquilo que se passou nos outros 90 minutos. Polémica é que houve de sobra. Ambas as equipas se queixaram de penaltis não assinaldos: primeiro o Sporting, numa obstrução de Bruno Alves a Abel; depois os portistas, na marcação de um canto, num agarrão de Rochemback a Rolando Protestos, protestos e mais protestos, mas o certo é que Bruno Paixão mandou jogar. Houve ainda mais uma expulsão (correcta!), de Hulk, por ter simulado uma grande penalidade. Não merecia sair de cena assim o jogador brasileiro, mas só se pode queixar de si próprio.

Com tanto burburinho, vieram as grandes penalidades que iriam decidir o vencedor da eliminatória. Há quem lhes chame lotaria. E talvez seja, porque é um momento de sorte, de frieza. Os dois primeiros a tentar marcar, Lucho e Rochemback, falharam: o argentino atirou ao travessão e o brasileiro viu Helton agigantar-se mais uma vez. Depois de uma série de cinco penaltis convertidos, foi Abel quem falhou, permitindo mais uma defesa de Helton. Para a História fica a vitória do FC Porto por 5-4 nos penaltis e a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal.

Ufa, acabou!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Benfica-Galatasaray, 0-2: banho turco!

Mesmo com meia equipa de fora, o Galatasaray provou na Luz que está mais vivo do que podem pensar. É verdade que a exibição do Benfica, principalmente na segunda parte, deixa muito a desejar, mas há que dar mérito a estes turcos. Que deram um autêntico banho... turco.

Costuma-se dizer que em equipa que ganha não se mexe, mas Quique Flores não é dessas conversas. Colocou Di María e Reyes nas alas e Nuno Gomes no apoio a Suazo, deixando Aimar de fora. Surpreendentemente, diga-se, pois El Mago foi fundamental em Guimarães e está em crescendo de forma.

O Galatasaray apresentou uma equipa bem organizada, num 4x2x1x3, à espera do que o jogo dava. Fernando Meira e Ayhan Akman à frente dos defesas, Lincoln como elemento de ligação entre o meio-campo e o ataque e Milan Baros, Turan e Karan, como ponta-de-lança, na frente de ataque. Uma equipa sólida, com boa organização

O Benfica entrou mal no jogo. Algo nervoso e a abusar do jogo directo para Suazo. O Galatasaray esteve perto do golo, logo aos três minutos, mas Karan não conseguiu chegar a tempo ao passe de Lincoln. A equipa encarnada reagiu aos 18 minutos, numa desmarcação de Di María para Nuno Gomes, mas o capitão acertou em Asik. Mais tarde, foi De Sanctis, numa defesa por instinto, quem impediu o golo de David Suazo. O hondurenho estava em todas as oportunidades de golo. Era, por isso, o melhor dos benfiquistas. Chegou o intervalo, com o nulo.

AINDA PIOR NO REGRESSO

O descanso parece ter feito mal ao Benfica. Se já na primeira parte tinha entrado mal no jogo, no reatamento foi ainda pior. O meio-campo não funcionava e os turcos aproveitaram para se aproximarem da baliza encarnada. Aos 51 minutos, Milan Baros obrigou Quim a uma defesa enorme. Na sequência do canto, Asik, à vontade, marcou para o Galatasaray. O golo dos turcos deixou o jogo com um sentido único: a baliza do Benfica.

Quique tentou animar o jogo, dar outra vida à equipa. Colocou Carlos Martins, Cardozo e Aimar. Insuficiente, porém. O Galatasaray, sem grandes estrelas na equipa, dominava por completo a partida, enquanto que o Benfica não criava perigo, não pressionava. O segundo golo não causou estranheza. Maxi dormiu na parada e Karan, perante Quim, não teve dificuldade em marcar. Aos 70 minutos, a história estava contada.

Não se pode dizer que a vitória dos turcos tenha sido injusta. Porque não foi mesmo.

AC Milan-Sp.Braga, 1-0: tamanha injustiça!


Injusto, mil vezes injusto. O Sp.Braga perdeu em San Siro, frente ao Milan, com um golaço de Ronaldinho, aos 92 minutos. Apesar da derrota, a equipa arsenalista conseguiu aquilo de que poucos são capazes: silenciar por completo o Giuseppe Meazza. De lhes tirar o chapéu, por isso!

Jorge Jesus tinha avisado que ia tentar uma surpresa, frente ao todo-poderoso AC Milan. E assim foi. A equipa entrou sem grandes complexos, sem medo, com uma confiança e uma vontade enormes. Nada daquilo a que estamos habituados, quando as equipas portuguesas (sim, falo dos "grandes") jogam em Old Trafford, Santiago Bernabéu ou Stamford Bridge, por exemplo. Mas este Sp.Braga não. Jogou com losango no meio e com dois pontas-de-lança (Renteria e Meyong) que fizeram a vida num Inferno à defesa do Milan.

Os italianos, por seu lado, apresentaram uma equipa cheia de estrelas: Inzaghi e Shevchenko na frente e Alexandre Pato atrás dos dois avançados. Faltava, porém, Káka, a estrela da companhia. Mesmo assim um ataque temível, teoricamente. Sim, porque em campo, no jogo, a defesa do Braga anulou, por completo, as investidas milanesas. Tremeu apenas num cabeceamento de Pipo Ingazhi, que passou bem perto da baliza de Eduardo.

E A VITÓRIA ALI TÃO PERTO

Mas quem estava por cima do jogo era o Sp.Braga. Renteria, ainda que muito trapalhão, moeu o juízo a Senderos e, logo aos cinco minutos, escapou bem mas rematou ao lado. Mais tarde, foi César Peixoto quem teve o golo nos pés, mas Dida fez uma defesa enorme. Enquanto isso, o Milan não conseguia construir jogo, criar perigo. Carlo Ancelotti, perante a incapacidade da sua equipa lançou dois ases: Ronaldinho e Seedorf.

Quando tudo parecia indicar para mais um resultado fantástico deste Sp.Braga na Europa, Gattuso aproveitou uma desconcentração de Moisés e Luís Aguiar, entregou a bola a Ronaldinho (era o ás de trunfo!) e o brasileiro fez o resto. Meteu a bola na gaveta, aos 92 minutos. Um golaço.

Que injustiça! Tão cínicos que são estes italianos...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Dínamo Kiev-FC Porto, 1-2: gelar a Ucrânia!

Ufa! Vamos por partes: o FC Porto ganhou ao Dínamo, em Kiev, e está agora bem mais próximo da passagem aos oitavos, dependendo apenas de si. Dez minutos finais de loucos, electrizantes, dramáticos até deram a vitória aos dragões.

Os portistas foram para a Ucrânia com um e um só pensamento: ganhar. Para isso, Jesualdo fez três alterações em relação ao último onze: Helton regressou à baliza depois da experiência (mal sucedida) com Nuno, Tarik foi titular e Pedro Emanuel foi o lateral esquerdo - nem Lino nem Benítez, na ausência de Fucile.

A primeira parte pareceu uma autêntica fotocópia do jogo do Dragão: o FC Porto com o controlo do jogo, com uma bola no poste e com o Dínamo a marcar no primeiro remate à baliza portista. Aos 20 minutos, a tarefa complicava-se, e de que maneira, para a equipa portuguesa.

O INCRÍVEL HULK E EL COMANDANTE

Mas, desta vez houve uma diferença em relação ao jogo de há quinze dias. Uma grande diferença, a atitude. O FC Porto foi para cima do adversário (não sufocou, nada disso), que se fechou nos seus últimos 30 metros. Mas faltava quem empurrasse a bola para dentro da baliza. Daí que ao intervalo, o treinador portista tenha trocado Tarik Sektioui, pouco em jogo, por Hulk. E foi com esta troca que o campeão nacional criou mais perigo para a baliza de Bogush.

Aos 70 minutos, livre cobrado por Raul Meireles, cabeceamento de Rolando e golo do FC Porto. O golo do empate, que dava nova vida aos portistas, que deixava o apuramento mais perto. Foi a partir deste momento, que o jogo deu uma volta de 360º, ficou partido, muito mais emotivo. O Dínamo aproximou-se da baliza de Helton (em grande no regresso), chegando até a atirar uma bola ao poste e, do outro lado, Lisandro teve na cabeça uma grande oportunidade para virar o resultado e dar o xeque nos ucranianos.

Porém, o melhor estava mesmo reservado para o fim. Primeiro minuto do tempo de descontos, Lisandro fugiu pela direita, cruzou para a área e Lucho só teve de empurrar. Euforia total, provada até pela expulsão de El Comandante depois de ter tirado a camisola, quando já tinha um amarelo. Que final de loucos!

Com esta vitória, o FC Porto tem a faca e o queijo na mão. E na Turquia, frente ao Fenerbahçe, pode fazer a tosta.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sporting-Shakthar, 1-0: oitavos aí vão eles...

O Sporting está nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Num jogo sem grandes oportunidades, em que os guarda-redes quase que podiam ser dispensados, Derlei marcou o único golo. O golo que dá a inédita passagem à equipa leonina. O golo que dá os milhões.

Na primeira parte, nenhuma das equipas saiu da cepa torta. Num jogo onde quase não eram precisas balizas, muito discutido, enfim sem grandes motivos de interesse. Apesar de o Sporting ter o controlo da partida, era o Shakthar quem criava mais perigo, muito por culpa da acção de Fernandinho e do lateral Srna (joga a 100 à hora). A equipa leonina usava e abusava do jogo directo para Liedson (não se viu) e Postiga. Até ao intervalo, o jogo foi insosso, sem saborão. À semelhança daquilo que se viu em Donetsk.

A FORÇA VINDA DA BANCADA

A segunda metade começou na mesma toada. Controlo do Sporting, Shakthar mais perigoso mas a jogar muito longe da área de Rui Patrício. Até aos 61 minutos, altura em que o jogo finalmente ficou mais vivo, mais vibrante. Primeiro num livre de Veloso em que ninguém conseguiu empurrar a bola para dentro da baliza e depois numa tentativa de desmarcação de Liedson para Postiga, sem sucesso. O Sporting estava, agora, por cima do adversário e esteve perto, perto de marcar: cruzamento de Abel e Liedson, à meia-volta, rematou ao lado do poste da baliza de Pyatov. O Shakthar ia criando perigo através das investidas de Srna, mas não contava com grande apoio.

O momento alto chegou, enfim: Izmailov teve um grande trabalho no lado direito (já dentro da área), serviu Derlei e o Ninja não deu hipóteses a Pyatov. Estava feita a História aos 73 minutos. Sim, porque até final foi só gerir e contar com uma defesa imperial que guardou a sete chaves o tesouro.

Para terminar, uma palavra para o público de Alvalade: fantástico. Projectou a equipa para a vitória.

Euforias e crises...

O FC Porto não está bem. Depois de na semana passada, o Leixões ter gelado o Dragão, agora foi a vez da Naval abater os portistas, com um golo de Daniel Cruz. É lógico que esta situação não é normal, ainda para mais no tricampeão nacional. Pior que isso, é o desnorte evidenciado pela equipa, pelas suas pedras-base.

Ao contrário, o Benfica ganhou, numa exibição de grande carácter e união - complicada desde a expulsão de Reyes perto do intervalo - em Guimarães, frente ao Vitória. Assim como o Sporting que, graças a um golo de Liedson, venceu o Rio Ave em Vila do Conde num jogo com pouco interesse.

Mas falta o melhor e como os últimos são os primeiros, falta o líder. O Leixões. Vitória sobre o Paços e comando isolado. Alguém diria que isso era possível à sétima jornada? Ninguém, certamente! Mas desengane-se quem pensa que este campeonato é normal.

sábado, 1 de novembro de 2008

Aqui há crise...


Não há duas sem três. O FC Porto perdeu pela terceira vez consecutiva. Frente à Naval, na Figueira, depois de Dínamo de Kiev e Leixões. O que já não acontecia desde que farmácia se escrevia com "ph". Um autêntico desnorte.

Os portistas nunca estiveram em campo. Literalmente. Sem atitude, sem garra, sem chama. Apenas duas (sim, duas!) grandes ocasiões de golo. Primeiro quando Lisandro permitiu uma grande defesa a Peiser; depois num cabeceamento de Bruno Alves ao poste. De resto, não houve ideias, nem audácia e, principalmente, não houve inspiração.

Jesualdo também não escapou ao desastre. Naufragou tacticamente. Mandou Lino para a bancada para apostar em Benítez para lateral esquerdo, ao intervalo passou Tomás Costa para essa posição e acabou com Raul Meireles. São trocas a mais e não há sistema que resista. Mas não é o único culpado, evidentemente. Não houve Lucho, nem Rodríguez, nem Lisandro. Sapunaru esteve desastrado, Nuno falhou (e de que maneira) no golo.

O campeão está em crise. É inegável.


PS: Grande atitude de Bruno Alves no final do jogo. Falou com os adeptos e com os jornalistas sem rodeios. Grande.