sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Olha quem voltou!


Maradona e Carlos Bilardo estão de volta para comandar a Selecção da Argentina. "El Pibe" será o seleccionador (sim, o seleccionador) e Bilardo, treinador campeão mundial em 1986, será director-técnico. Que dupla!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Nacional e Leixões lideram!

O Nacional e o Leixões são líderes do campeonato. À sexta jornada. Ninguém diria, mas é verdade.
Os leixonenses, de José Mota, ganharam 3-2 ao FC Porto, em pleno Estádio do Dragão. Uma vitória histórica, que serviu para aumentar o volume da contestação a Jesualdo Ferreira e aos jogadores portistas. E também para quebrar aquela velha máxima de que o FC Porto não perde duas vezes seguidas, ainda para mais em casa.
Já o Nacional, a fazer um grande campeonato, ganhou em casa ao Vitória de Setúbal (aquém do esperado) e saltou para o topo, com os mesmos 13 pontos do Leixões. Manuel Machado está em alta.
O Benfica ganhou, suado!, à Naval e está, três anos depois, à frente dos outros dois grandes, também porque o Sporting não foi além de um empate a zero em Paços de Ferreira. De resto, destaque para o mau início de época do Marítimo europeu.

sábado, 25 de outubro de 2008

Benfica-Hertha, 1-1: ter o pássaro na mão...


Nem bem nem mal. O Benfica empatou em Berlim, frente ao Hertha, na primeira jornada da fase de grupos da Taça UEFA. Para os encarnados fica um sabor amargo, até porque estiveram em vantagem. Mas um ponto é sempre um ponto, ok.

Começaram logo no aquecimento os problemas para Quique Flores. Yebda lesionou-se, o que fez com que Binya saltasse para a titularidade. Quanto ao jogo propriamente dito, o Benfica até começou bem. Ainda não tinham sido completados os primeiros cinco minutos, quando Nuno Gomes - fez dupla com Cardozo - rematou um pouco ao lado da baliza de Drobny. Mas foi só e apenas isto, porque depois a equipa encarnada recuou no terreno e permitiu que o Hertha de Berlim subisse as suas linhas. Aos 38 minutos, Veronin esteve muito perto de marcar, mas Quim opôs-se com uma grande defesa e manteve o empate até ao intervalo.

SAIU A LOTARIA A LUCIEN FAVRE

No reatamento, ambos os técnicos mexeram nas suas equipas. Lucien Favre colocou Kacar em troca com Dardai e no Benfica entrou Suazo para o lugar de Cardozo. Seis minutos depois, Di María colocou a bola no fundo da baliza do Hertha, após assistência de Nuno Gomes. O Benfica estava em vantagem na capital alemã.

Pouco depois, os treinadores voltaram a mexer. No Benfica entraram Urreta e Carlos Martins e no Hertha, Kaká e Pantelic. E foi com a entrada de Pantelic que Favre ganhou. Aos 74 minutos, o sérvio empatou a partida, num grande remate de fora da área, com a bola ainda a bater em Maxi. Até ao final, os germânicos tentaram sempre chegar-se à baliza de Quim, em busca do golo da vitória. Sem sucesso, porém.

Sp.Braga-Portsmouth, 3-0: Super-Braga vai Aguiar!


Grande, grande Braga! A equipa de Jorge Jesus venceu o Portsmouth por 3-0 numa empolgante noite de futebol. E os (arrogantes) ingleses foram despachados sem piedade.

Querer, entrega, sofrimento e grande união. Assim se construiu a vitória do Sp.Braga, que não tem nem de perto nem de longe as capacidades do Portsmouth. Pelo menos teoricamente, porque os jogos decidem-se dentro do campo e aí a equipa portuguesa foi bem melhor.
Apesar do resultado final, o jogo não foi um passeio. Nem poderia ser. Os ingleses têm uma equipa de estrelas e dois ases de trunfo na frente: Peter Crouch e Jermain Defoe.

Mas logo aos 7 minutos, o jogo de Harry Redknapp ficou estragado. Culpa de Luís Aguiar, que marcou um sensacional golo de livre. Euforia nas bancadas do Municipal de Braga, que não mais se calou. Porém, até ao intervalo as oportunidades foram do Portsmouth. Por duas vezes, Defoe, após assistências de cabeça de Crouch (quem mais?) esteve perto do golo, mas Eduardo defendeu bem.

COMEÇAR A MARCAR

A equipa de Jorge Jesus foi para o intervalo em vantagem. A segunda parte não podia ter começado melhor. Luís Aguiar - enorme! - colocou para Meyong que deixou a bola correr para Renteria, que fez o segundo. Grande festa. O golo foi o mote para que o Sp.Braga controlasse as operações, sem que o Portsmouth fizesse muito. Marcou ainda um golo, anulado (mal!) pelo árbitro.

Em cima dos noventa, a cereja no topo do bolo. Alan marcou o terceiro e os ingleses sairam de Braga com três golos na mala e uma grande azia. Redknapp e David James que o digam.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Shakhtar-Sporting, 0-1: a um passo dos oitavos


Foi sofrido, sim senhor, mas contou. O Sporting ganhou em Donetsk frente ao Shakhtar e está a um pequeno passo de uma inédita passagem aos oitavos de final da Champions. A equipa de Paulo Bento fez um jogo matreiro, dando a iniciativa aos ucranianos, deixando-os assumir a partida, mas no momento certo resolveu a questão.

Tanto o Sporting como o Shakthar entraram com cautelas redobradas, preocupando-se primeiramente em defender a sua baliza e só depois tentando alguma coisa no ataque. Apesar do equilíbrio inicial, os ucranianos criaram alguma supremacia, muito por culpa de Fernandinho e Jadson, contando com a preciosa ajuda dos laterais Srna - o melhor - e Rat. O Sporting, por seu lado, apresentou um esquema de contenção, com Veloso a lateral esquerdo e Rochemback na posição 6. Chegou-se ao intervalo sem grandes oportunidades. Ou até nenhumas. O Shakhtar estava por cima, mas sem efeitos práticos. Tudo a pisar ovos.

BARALHAR E VOLTAR A DAR

A segunda parte começou da mesma forma, com o Shakthar por cima. Rat subiu bem no terreno e Moreno, de cabeça, atirou ao lado da baliza de Rui Patrício. Respondeu Liedson, depois de um bom trabalho de Moutinho. Porém, nos minutos que se seguiram o Sporting pôs-se a jeito e permitiu que o Shakthar avançasse em direcção à baliza de Patrício. Paulo Bento, nada satisfeito com o que a equipa produzia, mexeu. Entrou Grimi para o seu posto natural, passando Miguel Veloso para o centro, Rochemback para a direita e Moutinho para a esquerda. Apenas uma alteração na equipa, mas muitas modificações nas peças, que baralharam por completo os jogadores do Shakthar. Entrou também Pereirinha, o suplente que joga sempre. Foi então que surgiu a oportunidade de o Sporting marcar. E assim foi. Roca colocou a bola na área, Derlei com um passe de calcanhar isolou Liedson e o levezinho atirou para o fundo da baliza de Pyatov. Um tiro, um melro.

Depois foi só fechar o baú. A sete chaves. Os ucranianos bem tentaram, mas o Sporting defendeu com unhas e dentes - Polga e Patrício em grande - e garantiu os três preciososo pontos que o deixam a um pequeno passo (vitória contra o mesmo Shakhtar, entenda-se) dos oitavos. Pela primeira vez.


"Com todo o respeito, mas a única diferença entre este jogo e um do INATEL é a proeminência das barrigas" - Pedro Sousa

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

FC Porto-Dínamo Kiev, 0-1: tudo a Leste!


A equipa do FC Porto andou a leste, contra o Dínamo de Kiev, em pleno Dragão. Numa noite onde nada parecia correr bem, Aliyev fez um grande golo e deu uma vitória histórica aos ucranianos. E os portistas voltaram a perder em casa, para a Champions, três anos depois.

Jesualdo tinha alertado para o jogo colectivo deste Dínamo de Kiev. Disse-o e repetiu-o. Mas não chegou. A equipa portista entou no jogo relaxada, demais até. Apenas quando tinham a bola, imprimia maior ritmo, mas sem grande profundidade. Numa jogada de insistência e de raça de Lisandro, o FC Porto andou perto do golo, com Lucho a rematar ao poste.
O Dínamo não fez cócegas, até que Olexandr Aliyev fez abanar o sino. Cobrou um livre, a bola levou um efeito esquisito e só parou dentro da baliza de Nuno. Culpas para o guarda-redes.

REAGIR AO GOLO

Depois do (inesperado) golo do Kiev, o FC Porto finalmente apareceu. A equipa assumiu o domínio do encontro e chegou-se mais à baliza de Bogush. Sem grande sucesso, porque o guarda-redes chegou e sobrou para as encomendas. Ao intervalo, Jesualdo trocou Fernando (certinho) por Hulk, passando para um 4x4x2 com Mariano (dos mais esforçados) e Rodríguez (perdido no espaço) bem abertos nas alas.


Entraram depois Tomás Costa e Tarik. Era o tudo ou nada para os portistas. Mas a equipa nunca foi inteligente. Hulk começou a rematar de todas as maneiras e feitios, os jogadores tornaram-se demasiado individualistas. O Dínamo já tinha a mala aviada e fechou-se no seu meio-campo, com onze jogadores atrás da linha da bola e tentando sempre explorar o contra-ataque. Porém, a história estava contada desde os 27 minutos.

Agora resta ao FC Porto ganhar na Ucrânia. Se assim não for, a qualificação já era.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Selecção: não foi azar, foi azelhice!


Inacreditável!! Portugal empatou, em Braga, com a Albânia, que a partir do minuto 40 jogou com menos um elemento. Não, não é nenhuma piada.

Portugal jogou lento, lento, lento. Sem imaginação, sem um médio criativo - que saudades, Deco! - sem chama, sem nada. Pior, o apuramento para o Mundial 2010 está muito, muito complicado. Num grupo onde os principais adversários da Selecção nacional são a Dinamarca e a Hungria. Custa a acreditar, mas é verdade.

É certo que a Albânia teve sorte. Bola no poste de Hugo Almeida, falhanços incríveis dos jogadores portugueses e um guarda-redes herói, Beqaj. Mas este empate não é só azar. É antes azelhice. A bandeirinha na janela, os gritos por "Portugaaaal" e as noites de glória deram lugar a assobios, bocejos e protestos. O triste fado de andar a fazer contas regressou e já há quem suspire por Scolari.

Pior do que tudo isto - será possível haver pior? - só as reacções no final da partida. Madaíl saiu do seu lugar quando ainda faltavam oito minutos para o fim; Carlos Queiroz não apareceu no "flash-interview" e Ronaldo - para melhor do mundo tem que dar muitíssimo mais - revoltou-se contra o público. Isto faz-me lembrar alguma coisa...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Trocas e baldrocas

Na semana em que o FC Porto voltou à liderança do campeonato (só precisou de 37 dias para o fazer) depois da vitória no clássico frente ao Sporting e do empate do Benfica em Matosinhos, o Belenenses mudou de treinador.
Saiu Casemiro Mior que ainda não tinha ganho nenhum jogo e entrou Jaime Pacheco. Mas também podia ter sido Jorge Costa. Expliquemos: o Belenenses tinha tudo certo com Jorge Costa, actual treinador do Olhanense, mas um telefonema de um dirigente do Belém pensando estar a ligar para Jaime Pacheco foi o motivo para que o ex-capitão do FC Porto acabasse com as negociações. Digno dos apanhados.


PS: Não quero com isto dizer que Jaime Pacheco seja inferior a Jorge Costa. Mas a situação tem a sua piada.

domingo, 5 de outubro de 2008

Sporting - FC Porto: ter ou não o tal estofo


O FC Porto ganhou em Alvalade. A vitória da melhor equipa. Da equipa mais coesa, mais unida, mais solidária. Num jogo nem sempre bem jogado, é certo, mas com uma intensidade enorme, houve de tudo:
golos, falhanços e erros de arbitragem. Um verdadeiro clássico.

O jogo começou bem. Intenso, disputado, dividido, mas muito a meio-campo. O ritmo, esse, é que não era muito elevado. Andava tudo a pisar ovos até que Tomás Costa, primeiro, para o FC Porto e Postiga, do lado do Sporting, deram um safanão na partida. As equipas acordaram e veio o primeiro golo à passagem dos vinte minutos. Tomás Costa ganhou na insistência a bola a Grimi - andou a ver navios - e cruzou para a área, onde Lisandro colocou o FC Porto em vantagem no clássico. Com o golo, os portistas assumiram o comando e controlavam o jogo como bem entendiam. Até que, nove minutos depois do golo de Lisandro, Lucílio Baptista marcou penalty para o Sporting, num encosto de braço de Tomás Costa sobre Moutinho. Um penalty simpático. Na marcação, o mesmo João Moutinho enfrentou Nuno e voltou a empatar a partida. Empate que não durou mais do que dois minutos, porque aos 30', o FC Porto voltou a marcar. Um golaço de Bruno Alves de livre directo! Os portistas voltaram a assumir o comando da partida, superiorizando-se a um Sporting muito intermitente. Mesmo assim, em cima do fim da primeira parte, Derlei com um bom cabeceamento quase marcava, obrigando Nuno a uma grande defesa.

SABER GERIR

Ao intervalo, Paulo Bento alterou a equipa. Tirou Grimi que esteve desastrado e colocou Pereirinha no meio-campo, recuando Miguel Veloso para a lateral esquerda e Rochemback na posição de médio defensivo (onde esteve melhor). A equipa melhorou um pouco de produção, mas foi o FC Porto quem voltou a estar muito perto do golo. Nova bomba de Bruno Alves, que desta vez acertou em cheio na barra. Três minutos volvidos, aos 55', Jesualdo Ferreira retirou Tomás Costa, a quem o árbitro já tinha perdoado a expulsão, e colocou Mariano González para explorar o contra-ataque. E foi mesmo num contra-ataque que os portistas podiam ter dado o KO, num grande remate de Rodríguez que passou a centímetros do poste da baliza de Rui Patrício.

Faltavam 25 minutos para o final, quando Paulo Bento esgotou as substituições. Trocou Abel por Romagnoli (trouxe mais dinâmica ao jogo) passando Pereirinha para o lado direito da defesa e entrou Liedson para o lugar de Postiga. E foi dos pés de Romagnoli que quase surgiu o empate, aos 71 minutos, numa perdida incrível de Derlei com a baliza aberta. Até final, o Sporting tentou de todas as formas possíveis chegar ao empate mas esbarrou sempre num gigante chamado Bruno Alves ou então em Nuno, que esteve muito seguro e concentrado. O apito final confirmou aquilo que há muito estava escrito: a vitória do FC Porto.

DESTAQUES

LUCÍLIO BAPTISTA: O penalty para o Sporting marcou a exibição. É um daqueles lances em que há contacto mas fica a dúvida se era ou não motivo para assinalar falta - a tal questão da intensidade. Depois disso, Lucílio desnorteou-se por completo. E ainda poupou as expulsões de Tomás Costa e Derlei.

PAULO BENTO: Surpreendeu ao colocar Yannick no lugar de Romagnoli e o Sporting começou mal logo desde aí. Tentou alterar as peças, talvez até em demasia, mas nunca obteve resultados práticos. Á semelhança do derby, voltou a não acertar na táctica.

JESUALDO FERREIRA: O FC Porto, sem fazer um jogo do outro mundo, ganhou com toda a justiça. E os festejos de Jesualdo no fim do jogo demonstram bem a importância deste resultado.

MELHOR EM CAMPO: Bruno Alves. Foi imperial na defesa e ainda marcou um grande golo que deu a vitória ao FC Porto. Mas Nuno e Fernando também estiveram em grande.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Taça UEFA: Benfica voltou a ser de Reyes


O Benfica está apurado para a fase de grupos da Taça UEFA. Depois de dar a volta à eliminatória, os encarnados eliminaram o Nápoles, numa grande exibição colectiva. Mas nem sempre foi fácil.

Vamos começar pelo início. E por meia hora de grande futebol. Que podia ter começado mal. Lavezzi, aos quatro minutos, apareceu em frente a Quim e podia ter deitado por terra a estratégia de Quique Flores. Assim como no derby, quando Yannick podia ter marcado logo no primeiro minuto para o Sporting. Depois disso, o Benfica atirou-se de cabeça. O Nápoles resistia como podia, defendendo com quase toda a equipa atrás da linha da bola, apenas com Zalayeta e Lavezzi na frente. Oportunidades havia de sobra: Dí María, Sidnei, Nuno Gomes, Yebda e Reyes quase levaram cinquenta mil pessoas à loucura. Mas não acertavam com a baliza de Gianello. Acabaram esses trinta minutos de intenso futebol e o Nápoles mesmo à italiana, conseguiu neutralizar as investidas do Benfica e voltar a subir as linhas.

O último quarto de hora da primeira parte foi do Nápoles, que usou a frieza e o calculismo que são típicos das equipas transalpinas. Começou com um fantástico pontapé de Lavezzi - esteve em todas - e acabou com um cabeceamento de Cannavaro ao poste, seguido de um remate de Zalayeta. Pelo meio, aquelas picardias para enervar os jogadores e até os adeptos.

REYES DESCOMPLICOU

A segunda parte começou da mesma forma. Com os napolitanos em cima do Benfica. O Nápoles parecia ter o jogo controlado. Pois bem, parecia. Até ao momento em que Katsouranis isola Reyes, meio golo. O espanhol fez o resto e colocou o Benfica com um pé na fase de grupos da Taça UEFA. Reyes, mais uma vez decisivo. A partir daqui, os italianos pouco mais fizeram. Aos 82', Carlos Martins, entrado há pouco, ofereceu o 2-0 a Nuno Gomes. O capitão não se fez rogado e mandou a bola lá para dentro da baliza. Loucura total na Luz.

Grande exibição do Benfica. Yebda e Reyes foram enormes. E Katsouranis, então...


RESULTADOS:

Benfica 2-0 Nápoles (4-3, APURADO)
V. Guimarães 2-2 Portsmouth (2-4, ELIMINADO)

Valência 2-1 Marítimo (3-1, ELIMINADO)

Heerenveen 5-2 V.Setúbal (6-3, ELIMINADO)

Artmedia 0-2 Sp.Braga (0-6, APURADO)


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sporting-Basileia, 2-0: dever cumprido

Dever cumprido. O Sporting venceu o Basileia por 2-0, com golos de Romagnoli e Derlei. E até deu para recuperar Vukcevic.

Paulo Bento apresentou quase a mesma equipa do derby, apenas colocando Derlei no lugar de Yannick Djaló. E Vukcevic, depois de tanto imbróglio, foi convocado mas começou no banco. O s primeiros minutos do jogo foram lentos, com as equipas sem imaginação. Na primeira parte apenas duas oportunidades: aos nove minutos, Derlei cabeceou ao lado e mesmo em cima do intervalo, o mesmo Derlei obrigou o guarda-redes Constanzo a uma grande defesa. Nada mais se viu na primeira etapa. E os assobios aparecerem, claro.

Ao intervalo entrou Vukcevic para o lugar de Rochemback. Enorme ovação do público de Alvalade. O Sporting entrou bem melhor, mais rápido, mais fluído. Derlei - sempre ele - atirou ao poste e, aos 55 minutos, surgiu o primeiro golo. Um golo esquisito, no mínimo. Abraham ao tentar aliviar chutou contra Romagnoli e fez com que a bola entrasse na baliza de Constanzo. Só visto.
O Basileia tentou reagir ao golo sofrido e chegou mais perto da área de Patrício, embora sem grande perigo. O jogo estava mais aberto, mas o Sporting teve sempre o controlo. E voltou mesmo a marcar. A quatro minutos do fim, Romagnoli descobriu Derlei no meio da defesa suiça e o avançado brasileiro não desperdiçou. Assunto arrumado.

Mesmo sem fazer uma grande exibição, o Sporting cumpriu a obrigação. E Vuk parece que fez as pazes com a equipa.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

As crónicas do BB


A CONTA-GOTAS

Desde a minha primeira crónica o que mudou no futebol português? Quase nada, respondo eu, mas se calhar o melhor é acrescentar que mudou alguma coisa.


Equilíbrio no topo, como era previsto, decepções (Braga e Guimarães), confirmações (V. Setúbal e Nacional) e surpresas (Leixões pela positiva e Belenenses pela negativa), Eu sei que só mais duas jornadas se jogaram no mês de Setembro. O panorama vai ser igual neste calendário de Outubro, mas quem escolheu esta calendarização foram os clubes e a Liga.

As críticas começam a chegar à praça pública, com o argumento de a Taça de Portugal e a Carlsberg Cup não terem um modelo competitivo que proporcione boas receitas e interesse do público. O Varzim já veio a terreiro criticar o molde e o apoio financeiro da Liga Vitalis, afirmando que o retorno do apoio publicitário meteu água, apenas e só sete mil e quinhentos euros na temporada transacta por clube. Claro que as receitas das transmissões televisivas não agradam aos clubes, já que poucos têm acordo com a Olivedesportos, e por isso o caos começa a instalar-se, pouca receita e muitos gastos. Mas este não tem sido o panorama habitual do futebol português? Quem tem coragem para inverter o rumo dos acontecimentos? A Liga vai fazendo algumas operações de cosmética, sponsorização das provas profissionais, mas cujo retorno financeiro para os clubes se revelam um autêntico "flop".


O FC Porto está mais fraco e com menos soluções que na época transacta, revelando-se algumas das suas contratações inadaptadas ao estilo do futebol português, e nem será necessário recorrer ao descalabro da exibição de ontem contra o Arsenal para o provar, basta atentar no nível exibicional dos primeiros jogos da equipa orientada por Jesualdo Ferreira.

O Sporting fez alarde de equipa ganhadora nas primeiras jornadas, mas bastou um jogo mais equilibrado com um dos candidatos, Benfica, para se descobrirem defeitos onde antes só havia virtudes. O Sporting quis jogar para o resultado e com o resultado e foi surpreendido por um Benfica que começa a construir uma equipa forte, e a inclusão de Katsouranis no meio campo, pode ser o factor decisivo para que a equipa de Quique Flores caminhe para uma época de sucesso.


Uma coisa mudou para melhor, as chicotadas psicológicas, que na época transacta aconteceram logo á primeira jornada, com Fernando Santos (Benfica) a sentir o estalar do látego, e esta época só à terceira jornada ele estalou, nas costas de Toni (Trofense).


Meus amigos voltaremos ao contacto nos inícios de Novembro, com este mês a decorrer só com mais duas jornadas, jogadas na primeira e última semanas. No meio uma paragem para um jogo da Selecção, e outra competição a emergir já com os grandes, a Taça de Portugal, onde a gestão de plantel vai ser o mote, o que poderá originar algumas surpresas.
É o campeonato que temos e que os seus intervenientes e responsáveis querem. Até quando?

BERNARDINO BARROS